Da dança ao grafite, projeto promove cultura hip hop na Zona Sul de Teresina há 12 anos

Através da cultura do hip hop, uma ONG da zona Sul já realizou intercâmbios por vários Estados do Brasil e chegou a receber prêmios na França.

Projeto promove cultura hip hop em Teresina | Reprodução
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A ONG Hip Hop, localizada no bairro Parque Piauí há 12 anos, promove a cultura hip hop em Teresina. Contudo, os trabalhos realizados são muito mais que um incentivo à cultura que tem origem.

Da dança ao grafite, em 12 anos de existência, o projeto conseguiu uma importante representatividade a nível nacional e até mesmo mundial. A ONG já realizou intercâmbios por vários Estados do Brasil e chegou a receber prêmios na França, onde foi por três vezes participar de atividades culturais representando o Brasil. Teresina é uma das poucas cidades do país que possui uma Casa do Hip Hop e já chegou a ser considerada a maior da América Latina.

?Antes não tínhamos espaço. A gente se reunia na Praça Pedro II, com danças e grupos de discussão. Com o tempo, conseguimos a Casa com o Estado, pois já tínhamos muitos grupos de rap, mas não tínhamos onde treinar?, lembra Jean Richard, mais conhecido como DJ Petecão, um dos membros do projeto.

Com o passar do tempo, novas atividades foram agregadas. Do judô às aulas de informática, passaram a promover o esporte, a inclusão digital e deram incentivo para a formação de vários grupos artísticos que hoje se apresentam em todo o país.

Hoje, o estúdio de gravação, por exemplo, está trabalhando com nove grupos, onde produzem a música e saem de lá com o CD já pronto, além da grife que desenvolve a arte para bonés e camisetas, feitos no próprio local.

?É essa a importância da Casa. Temos grupos que foram pra França, grafiteiros que já expuseram no shopping, na Casa da Cultura, que saíram daqui.

A grande maioria consegue desenvolver a arte. O bom é isso, mesmo que tenha o preconceito, muitos aqui conseguem se superar e desenvolver o trabalho?, completa Jean Richard.

90% das atividades estão paradas

Embora seja de grande importância promover a cultura hip hop e mobilizar a própria comunidade com atividades culturais, a ONG Casa do Hip Hop tem passado por algumas dificuldades.

Desde o ano passado, os recursos e incentivos, que eram praticamente todo dados por parte do Governo Federal, sofreram corte, o que reduziu cerca de 90% as atividades.

?Antigamente tínhamos 300 pessoas frequentando a Casa, participando das atividades. Atualmente chega a 50?, avalia Jean, um dos coordenadores do projeto.

Hoje, o projeto se restringe ao estúdio de gravação, à dança e a serigrafia. Mesmo com as dificuldades, a busca de parcerias tem sido uma solução encontrada pelos coordenadores do projeto.

É o que explica Washington Gabriel, coordenador da ONG. ?A gente está fragilizado financeiramente, mas as atividades continuam. Estamos tentando promover a autogestão e buscando parcerias.

Além de promover a cultura hip hop, a gente interage com vários outros segmentos, como o basquete e a inclusão digital. A gente continua com projetos promovendo as atividades para poder manter a Casa, manter esse sonho vivo?, explica Washington Gabriel.

Há seis meses, o espaço também passou a ser palco para a prática do judô. São crianças que residem em várias vilas da zona Norte, como Vila da Paz e Jerusalém.



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