Raoni volta a ser internado e testa positivo para covid-19

O líder indígena, de 90 anos, apresentou sintomas de pneumonia

Raoni foi submetido a exame sorológico | Fernando Frazão
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Pouco mais de um mês após receber alta médica, o líder kayapó Ropni Metyktire, 90 anos, mais conhecido como cacique Raoni, foi novamente internado no Hospital Dois Pinheiros, em Sinop (MT), com sintomas de pneumonia. Em nota, o Instituto Raoni informa ele apresenta bom estado de saúde, respirando normalmente, sem a ajuda de aparelhos.

O informe destaca ainda que Raoni foi submetido a exame sorológico, que acusou a presença de anticorpos contra o novo coronavírus em seu organismo. Em meados de julho, ele havia apresentado um quadro de hemorragia digestiva. Na ocasião, passou por duas unidades hospitalares, permanecendo internado por uma semana.

Durante o período de internação, o líder kayapó foi submetido a uma transfusão de sangue e a uma bateria de exames, que detectou úlceras intestinais, inflamação no cólon, fibrilação atrial crônica e enfisema. Como consequência do sangramento digestivo, desenvolveu anemia em nível grave.

O cacique Raoni é uma liderança de forte influência e que mantém interlocução com diversas figuras de semelhante proeminência, como o Papa Francisco. Reconhecido pelas mobilizações em prol dos povos indígenas e da floresta amazônica, ele foi indicado ao  Prêmio Nobel da Paz, por iniciativa de ambientalistas e indigenistas.

De acordo com levantamento elaborado por uma aliança de organizações do movimento indígena, como a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), já são 28.815 os casos de covid-19 confirmados entre indígenas. Pela contagem, o total de óbitos causados pela doença chegam a 757.

Até o momento, constatou-se que a infecção pelo Sars-CoV-2 circula entre 156 povos indígenas. Já os registros oficiais, do governo federal, relacionam 22.923 casos confirmados e 377 óbitos, excluindo da conta contágios envolvendo indígenas que vivem na zona urbana.

Por Letycia Bond - Repórter da Agência Brasil - São Paulo



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