O sarampo passou a ser considerado uma ameaça global iminente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. É o que apontam no relatório divulgado, nessa quarta-feira (23/11).
A redução na cobertura vacinal, a vigilância enfraquecida e interrupções e atrasos contínuos nas atividades de imunização por conta da pandemia do coronavírus, bem como grandes surtos persistentes em 2022, significam a situação atual em todas as regiões do mundo.
"Estamos em uma encruzilhada. Serão 12 a 24 meses muito desafiadores tentando mitigar isso”, afirmou Patrick O’Connor, da OMS, à Reuters.
Baixa imunização
De acordo com o levantamento da OMS e do CDC, um recorde de quase 40 milhões de crianças perderam uma dose da vacina contra o sarampo em 2021 devido a obstáculos criados pela pandemia de coronavírus. Segundo a publicação, em 2021, houve cerca de 9 milhões de casos e 128.000 mortes por sarampo em todo o mundo, com 22 países experimentando surtos.
Explosão de casos
A OMS tem registrado surtos da doença desde o início de 2022, passando de 19 para quase 30 até setembro, segundo O’Connor. Neste momento, o especialista se preocupa mais com regiões da África subsaariana.
O especialista da OMS explica que o distanciamento social e o ciclo do sarampo justificam ainda não ter havido uma explosão de casos, mesmo em meio a baixa vacinação contra a doença. Porém, isso pode mudar rapidamente, disse O’Connor.
Com informações do Metrópoles
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