Setor aéreo nacional deve recuperar até 80% da atividade em dezembro

Após impactos da pandemia de Covid-19, os deslocamentos aéreos dentro do país devem alcançar patamar próximo ao registrado em 2019

No último feriado prolongado (Dia de Finados) aeroportos movimentaram cerca de um milhão de pessoas | Arquivo MTur
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No último feriado prolongado (Dia de Finados) aeroportos movimentaram cerca de um milhão de pessoas. Crédito: Arquivo/MTur

A recuperação do setor aéreo no mercado nacional está a pleno vapor e, aquecido pela proximidade do início da temporada de verão, deve encerrar o ano com até 80% do movimento registrado em dezembro do ano passado. No final de semana prolongado, em decorrência do Dia de Finados, os principais aeroportos do país já movimentaram cerca de um milhão de pessoas – número 40% maior do que o registrado no feriado anterior, de 12 de outubro.

“São números impressionantes se nós olharmos para outros países, especialmente da América do Sul, América Latina e Caribe. Alguns aeroportos, inclusive, devem performar mais do que 80% pela natureza de hub que têm”, avaliou o secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann.

A projeção foi apresentada na última semana, durante o 2º Seminário de Competitividade do Setor de Infraestrutura promovido, de forma online, pelo Ministério da Infraestrutura, em parceria com a Fundação Dom Cabral.

Por conta dos impactos da pandemia de Covid-19, Glanzmann apontou que o setor chegou a ter redução, em média, de 93% do tráfego, incluindo voos nacionais e internacionais, com cerca de 400 aviões de médio e grande porte em solo no país.

“No mercado doméstico, com uma malha essencial, caímos de 2.500 voos por dia, em média, para menos de 200 voos. Mas continuamos ligando todas as nossas capitais e algumas cidades do interior”, pontuou o secretário nacional de Aviação Civil, indicando que manter o tráfego aéreo funcionando no país, a partir da adoção de protocolos de biossegurança, foi um diferencial para a retomada e recuperação do setor.

O diretor da Associação Internacional de Transporte Aéreo no Brasil (IATA), Dany Oliveira, que também participou do seminário, apontou que a recuperação plena do mercado de voos domésticos brasileiro deve ocorrer no início do próximo ano. “Entendemos que o mercado brasileiro doméstico já vai atingir os níveis pré-pandemia, ou seja, os valores observados em 2019, em torno de março e abril”, projetou.

Já o mercado internacional deve demorar um pouco mais para a recuperação total, tendo em vista que muitos países ainda possuem restrições para chegada e saída de passageiros. “Dependemos da abertura de outros mercados, principalmente o norte-americano, europeu e latino-americano. Os países ainda estão com algumas restrições e nós precisamos dessa abertura para que haja a retomada”, disse Glanzmann.

O Brasil possui uma das maiores malhas de transportes do mundo e é o segundo do mundo em número de aeroportos, com 578 aeroportos públicos e 2.056 privados.

RETOMADA DO TURISMO - Desde o início da pandemia, o governo federal atuou para reduzir efeitos da Covid-19 no turismo que, por natureza, envolve o deslocamento de pessoas. “Iniciamos uma série de ações com foco na proteção do turismo brasileiro e de seus trabalhadores. Atuamos junto a área econômica do governo para garantia dos salários e jornadas de trabalho. Também agimos na regulamentação das relações de consumo no segmento. E, ainda, garantimos R$ 5 bilhões em empréstimos por meio do Fundo Geral do Turismo (Fungetur)”, enumerou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, algumas das medidas adotadas.

Dando continuidade às ações, no início do mês, o governo federal lançou a Retomada do Turismo. Trata-se de uma aliança nacional em nome da retomada do setor de forma responsável e segura, que reúne 32 instituições do poder público, iniciativa privada, terceiro setor e Sistema S, coordenada pelo Ministério do Turismo. O objetivo é reduzir os efeitos negativos causados no setor, em decorrência da pandemia de Covid-19. Para isso, será desenvolvido um conjunto de ações e programas, que vão desde o reforço na concessão de linhas de crédito para capitalizar empresas do setor e preservar empregos, até obras de melhoria da infraestrutura dos destinos turísticos. (Por Amanda Costa/MTur)



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