Silvio Berlusconi aceita ajuda dos Estados Unidos para reconstruir igrejas na Itália

O tremor deixou ainda 207 mortos, cerca de mil feridos e 15 desaparecidos.

Silvio Berlusconi aceita ajuda dos EUA | Divulgação
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O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, voltou atrás em sua recusa à ajuda internacional e pediu ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que assuma a reconstrução da igreja e dos bens culturais históricos danificados pelo terremoto que atingiu a cidade medieval de Áquila e destrui cerca de 10 mil edifícios, entre eles uma parte do patrimônio histórico da cidade. O tremor deixou ainda 207 mortos, cerca de mil feridos e 15 desaparecidos.

Após uma "longa conversa por telefone" com Obama, Berlusconi afirmou aos jornalistas que aceitou a oferta de ajuda de Washington. "Se os EUA quiserem dar um sinal tangível de sua proximidade com a Itália, poderiam assumir a responsabilidade da reconstrução dos bens culturais e da igreja", disse o primeiro-ministro aos jornalistas.

Questionado sobre a resposta de Obama, Berlusconi afirmou que o presidente americano descreveu a ajuda como "uma ótima ideia". O assunto, segundo o primeiro-ministro, deve ser discutido durante sua viagem a Washington.

O telefonema foi confirmado pela Embaixada dos EUA na Itália, que emitiu uma nota na qual acrescenta que Obama expressou a Berlusconi "suas profundas condolências, e as do povo americano, pelas vítimas do terremoto" em Áquila.

"O presidente expressou sua solidariedade com as pessoas feridas e destacou a proximidade entre o povo americano e o italiano neste trágico momento, com particular consideração para as famílias que perderam seus entes queridos, suas casas e seu trabalho".

Berlusconi afirmou ainda que a reconstrução da região de Abruzzo, cuja capital é Áquila, será "rápida e em tempo certo, anunciada publicamente ao início do trabalho por cada casa". Segundo o premiê, a reconstrução das casas da região, de alta atividade sísmica, deverá ser reforçada contra terremotos.

VISITA

Berlusconi visitou os desabrigados na localidade de San Demetrio ne"Vestini, situada perto de Áquila, que foi danificada pelo terremoto registrado na madrugada desta segunda-feira (6). Ele se dirigiu a um grupo de alpinistas que ajudaram a instalar as tendas na localidade: "Felicidades, trabalharam toda a noite, vocês são fortes".

O premiê insistiu às pessoas que vão para o litoral: "é Páscoa, fiquem tranquilos, nós fazemos o inventário das casas danificadas, e vocês tiram alguns dias, nós pagamos".

TREMOR

O sismo foi o pior a atingir a Itália desde 23 de novembro de 1980, quando um tremor de 6,5 graus na escala Richter matou 2.735 pessoas. Áquila é a capital da região de Abruzzo e fica em um vale cercado pelos Montes Apeninos. O tremor aconteceu às 3h30 desta segunda-feira (6) --22h30 de domingo (5), em Brasília.

De acordo com o Instituto Nacional de Geofísica da Itália, a magnitude do terremoto foi de foi 5,8 graus na escala Richter. De acordo com a escala, os tremores entre 5,5 e 6 graus ocasionam pequenos danos em edificações. Entre 6,1 e 6,9 podem causar danos graves em regiões muito populosas.

Deste segunda-feira (6), ao menos 280 réplicas [tremores secundários de intensidade menor que ocorrem depois de terremotos] atingiram a região. Uma delas, que aconteceu por volta das 11h26 (6h26 no horário de Brasília), atingiu 4,3 graus na escala Richter. O tremor foi seguido por outro ainda mais forte, seis minutos depois, que gerou enorme pânico entre a população, segundo a Defesa Civil italiana.

A réplica foi sentida até mesmo em Roma, onde os móveis caíram em andares mais altos dos prédios. Não se sabe ainda se o tremor, a mais forte réplica desde segunda-feira (6), causou maiores danos.



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