Superlotado, hospital infantil improvisa leitos em cadeiras

Pacientes têm até que dividir macas por causa da superlotação

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Crianças deitadas em cadeiras de plástico, no colo de parentes e até dividindo espaço nas macas. Essa é a realidade que pacientes e profissionais da saúde precisam encarar no pronto-socorro do Hospital Infantil de Vitória devido à superlotação.

Uma mãe, que precisou de atendimento para seu filho, fez imagens mostrando a situação do hospital. Segundo a mulher, que preferiu não se identificar, falta infraestrutura. Ela precisou levar seu filho de seis anos, no dia 14 de março, para o local devido a uma gastroenterite. O menino ficou no pronto-socorro, deitado em duas cadeiras.

“Ele ficou no soro deitado em duas cadeiras de plástico. Os médicos dão atenção, mas falta estrutura. Fiquei assustada com a situação, pois era um lugar que a pessoa deveria ficar bem acolhida”.

No entanto, ela relatou que não era a única. Havia mães com os filhos no colo e alguns até dividiam macas. “Um garotinho estava lá porque tinha caído e a mãe, em prantos, pedindo um lugar para deitá-lo. Alguns profissionais até pediam para que crianças dividissem macas”, diz.

Superlotação

Em outubro de 2016 os médicos já haviam denunciado a superlotação. Na porta de entrada do hospital, eles colocaram um cartaz para avisar que o pronto-socorro estava lotado.

O Presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Otto Fernando Baptista, afirma que a superlotação já acontece há tempos, é preciso de agilidade do poder público para tomar providências.

“A situação de crianças em cadeiras e leitos improvisados é de longa data pela precariedade do hospital. É preciso dar dignidade para as pessoas atendidas e os profissionais de saúde. Não compactuamos com isto e pedimos providência porque o colapso está instalado”, aponta o médico.

Diretor-geral admite sobrecarga

O diretor-geral do Hospital Estadual Infantil de Vitória, Nélio Almeida dos Santos, admite que há uma sobrecarga no pronto-socorro do hospital. Ele afirma que há providências sendo tomadas para mudar a situação em que se encontra o local.

“A sobrecarga não existe de agora, ela acontece devido ao hospital ser referência na rede de urgência e emergência, todo paciente no caso crítico é levado para o hospital e a condição física é muito pequena. Outro fator é a chegada do outono, quando a demanda aumenta em favorecimento de doenças respiratórias.”

No entanto, ele acredita que a situação só irar melhorar com a transferência para a área dentro do Hospital da Polícia Militar (HPM). Ele acredita que a transferência ocorrerá até o final do mês de julho.

“Atualmente, são 146 leitos. Haverá a abertura de mais 70 leitos para evitar a sobrecarga. Desta forma, as demandas serão atendidas em menor tempo. Apesar da sobrecarga, damos toda a seguridade ao profissional de saúde e ao paciente que precisa de atendimento”, finalizou.



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