Alergia a tecnologia faz mulher viver em gaiola 18 horas por dia

A britânica foge da influência dos campos eletromagnéticos permanecendo na gaiola.

Mulher toma vários suplementos por dia. | Reprodução
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Velma Lyrae, 51 anos, , passa até 18 horas por dia dentro de uma gaiola de Faraday por ser "alérgica à tecnologia moderna". Ela sofre com a síndrome de hipersensibilidade eletromagnética (EHS, do inglês electromagnetic hypersensitivity syndrome), e a gaiola a protege filtrando as ondas eletromagnéticas. Ela diz ter dores agonizantes, perda de memória, zumbido, palpitações cardíacas, vertigem e dores nas articulações ao chegar perto de aparelhos tecnológicos - não pode usar celular ou Wi-Fi, nem mesmo um secador de cabelos. Dentro de sua gaiola, ela passa o tempo lendo livros, fazendo trabalhos artísticos e escrevendo cartas. As informações são do Daily Mail.

A britânica foge da influência dos campos eletromagnéticos permanecendo na gaiola feita com materiais de segunda mão (que lhe custou 300 libras, equivalente a cerca de R$ 1 mil) em seu apartamento em Blackheath, Londres. Sua debilidade apareceu com a chegada dos celulares 3G, embora ela acredite que um choque sofrido na adolescência a tenha tornado mais suscetível. Os sintomas, de início brandos, foram piorando com o passar do tempo.

Velma foi secretária em diversas empresas nos anos 80, mas teve que deixar o emprego e hoje está impedida de trabalhar. "Naquela época eu sentia uma agitação ao usar o computador, mas achava que era por não ter muita prática, hoje sei que estava começando a sentir os efeitos da EHS". Para sair de casa, ela usa sempre uma echarpe blindada enrolada na cabeça para se proteger da radiação. "Isso tornou minha vida um inferno", afirmou ao jornal. "Não posso fazer nada que as pessoas normais fazem sem que meus sintomas apareçam. Tenho que fazer tudo dentro da minha gaiola - comer, dormir, ler, escrever".

A eletrossensitividade é uma condição controversa, reconhecida na Espanha e na Suécia mas não no Reino Unido, onde a Agência para Proteção da Saúde diz que não há evidências científicas que liguem problemas de saúde a equipamentos eletrônicos. A doutora Erica Mallery-Blithe, consultora da ONG Electrosensitivity UK, diz que os sintomas da síndrome EHS podem cobrir uma ampla gama de sistemas e que muitas vezes podem ser confundidos com outras condições médicas. "Adultos e crianças de hoje estão expostos a níveis muito elevados de campos eletromagnéticos (CEM) que nenhum ser vivo no planeta testemunhou antes. Então não é surpresa que o número de pessoas com EHS ou outras condições relacionadas à exposição a CEM esteja subindo".



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