Campus Party Recife 2015 é palco de tecnologia e empreendedorismo

O evento tem troca de boas ideias na área de tecnologia.

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Waldelúcio Barbosa - direto de Recife

Um dos maiores e mais importantes eventos na área de tecnologia do país, que conta com mais de 400 horas de duração, super estrutura com 9 palcos, mais de 4 mil participantes em uma programação com palestras, oficinas e workshops de grandes nomes nacionais e internacionais acontece até o próximo domingo (26), em Recife, Pernambuco, a Campus Party Recife 2015. O evento tem como marca registrada a troca de boas ideias na área de tecnologia, ciência e empreendedorismo.

A edição deste ano trouxe a temática inovação em cidades inteligentes, segurança, educação e hack cidadão com foco para os negócios. O evento homenageou os 150 anos do livro “Da Terra à Lua”, de Julio Verne.

Piauienses participam da Campus

Um grupo composto por 25 estudantes do curso em Técnico de Administração,  do Instituto Federal do Piauí (IFPI), campus Oeiras, Picos e Floriano, participaram do evento pela primeira vez. Segundo o professor Eduardo Valter, a ideia de levar os alunos foi para que eles pudessem ter contato direto com a tecnologia e empreendedorismo, já que estão interligadas e como eles podem levar exemplos de sucesso para serem aplicado no dia a dia.

“Essa é uma forma de incentivarmos nossos alunos para que eles possam viver novas experiências e tenham condições necessárias de montar o seu próprio negócio baseado em tecnologia. Essa é a primeira vez que vem uma comitiva do Piauí para participar de todos os dias do evento e poder desenvolver novas ideias e crescer tanto como individuo e profissionalmente”, afirmou o docente.

Ele acrescenta que quatro alunos da turma de Picos apresentou o aplicativo “My Class” (Minha Classe), que é uma ferramenta que visa ajudar os professores a planejar as aulas e fazer uma avaliação qualitativa dos alunos em vista que, o software  permite com que ele reúna as informações do aluno individualmente.

A estudante piauiense Arlete Sepúlveda, disse que a participação da sua turma foi para conseguir absorver novos conhecimentos, além de poder repassar o que foi adquirido para os demais estudantes da instituição. “Aqui nós temos um aprendizado amplo em que podemos aplicar em novas pesquisas, além de poder compartilhar para o maior número de pessoas”, declarou.

A professora Marina Silva, que também acompanha os alunos afirmou que além da troca de experiências o evento passa a ser uma aula expositiva, pois eles passam a ver projetos sendo desenvolvidos na prática já que área é muito voltada para as teorias e quando o estudante tem a oportunidade de passar por uma experiência como essa, ele começa a interagir com o mundo real dos projetos.

“Esse aluno passa a conhecer na prática e ter experiências que irão permitir com que ele aprenda modos de gerir negócios e quando é um evento voltado a tecnologia se torna ainda mais importante, pois vivemos em um mundo que converge para essa temática, então esse evento traz novas perspectivas ao nossos alunos”, pontuou.

As estudantes do campus de Picos, Anizia de Oliveira, 24 anos e Maria da Guia, 19, revelam que essa prática é fundamental para a suas vidas profissionais e se encantaram com o mundo vivido na Campus Party. A oportunidade de participar do evento foi proporcionada pelo IFPI que disponibilizou um ônibus e acomodação da turma através de recursos do Governo Federal.

Durante a coletiva de imprensa na abertura do evento, o presidente do Instituto Campus Party, Francesco Farruggia, lembrou o ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo, no dia 13 de agosto de 2014, em Santos (SP), como um grande incentivador para que o evento fosse realizado em Recife e que atualmente se tornou um grande acontecimento nacional. Ele ressaltou a implantação do 1º Fórum Brasileiro de Cidades Inteligentes e Humanas, em que a comunidade europeia decidiu investir em tecnologia e em gestão pública em 10 cidades do Brasil. “O tema é de fundamental importância e por isso não poderíamos deixar de trazer para o evento deste ano em que vamos trabalhar a tecnologia voltada ao cidadão em parcerias com a prefeituras”, afirmou.

O diretor regional da Telefônica Vivo, maior patrocinadora do evento, Marcelo Tanner, revelou que o evento acontece em um momento muito especial para o Grupo Telefônica Vivo já que passam por um processo de fusão junto a GVT, formando assim a maior empresa de telecomunicação do Brasil, atuando em 70% do Nordeste. “Isso aumenta a nossa responsabilidade e nós temos trabalhado incansavelmente para melhorar a qualidade do nosso serviço cada vez mais e nesse momento tão importante, nós tínhamos que trazer algo surpreendente para Campus e assim fizemos. Trouxemos 20 gigabites de capacidade de conexão para todos os campuseiros durante todo o evento, além disso, trouxemos games online e  impressão 3D dos rostos dos participantes”, disse.

Ele acrescentou que a velocidade disponibilizada no evento é suficiente para abastecer uma cidade com até 1 milhão de habitantes, o que representa a capital de Aracajú (SE). Todo esse sistema de banda larga da internet fica armazenado no ovni, considerado o coração da Campus, sediado no Centro de Convenções, de Recife. Thomas Macedo, engenheiro de tecnologia, declarou que o processo de montagem do espaço levou cerca de 10 dias para ficar pronto e contou com a colaboração de 200 pessoas que estavam orientadas por um planejamento realizado há 3 meses. A central é capaz de impedir ataques de hackres internos e externos que queiram invadir os servidores da Campus.

Para Roseane Amorim, secretária de Empreendedorismo e Desenvolvimento da Prefeitura Municipal de Recife, o ecossistema tecnológico implantado no evento gera uma referência para todo o país com novos esforços em empresas que apostam em tecnologia. Já a secretária de Ciência e Tecnologia do Governo do Estado do Pernambuco, Lúcia de Melo, declarou que tem lutado pelo desenvolvimento econômico de toda região Nordeste e para isso é preciso fortalecer a cultura da informação e conhecimentos tecnológicos.

“Esse é um evento não é somente de Recife, mas certamente de todos os lugares do país e nós temos condições de avançar cada vez mais, pois as pessoas precisam entender o que significa e a potencialidade da conectividade é preciso criar coisas inimagináveis”, considerou.  A secretaria acredita que o mais importante do evento é o fortalecimento do conhecimento sobre a geração de negócios e empreendedorismo.

“Entre a ideia a startup é muito difícil, mas entre a startup e o mercado é mais complexo ainda e para nós que acompanhamos essa trajetória temos que criar condições de que esse negócio seja conhecido pelo público e tenha um bom investidor. Nós temos aqui uma geração que vai reformular toda atividade econômica, produtiva do mundo”, disse.

Durante toda a programação, o futuro e todas as suas potencialidades foram alvos de discussões. Como a palestra do publicitário Dado Schneider, intitulada Muda 2.0, em que ele não fala por 45 min e logo depois começa a se comunicar, através de sensores. A palestra trata de trabalho, carreira, futuro e muitas dicas para quem quer se dar bem no futuro.

Participaram ainda, nomes como o artista plástico  ciborgue Neil, que possui acromatopsia, uma condição que só lhe permite ver tons na escala cinza. Ele desenvolveu um aparato cerebral que lhe permite “ouvir” as cores em seu cérebro. E a brasileira Lorrana Scarpioni, de 24 anos, CEO do Bliive, escolhida um dos 10 brasileiros mais inovadores com menos de 35 anos pelo MIT nos EUA.

#CPRecife4 tem foco para empreendedorismo

A edição Recife da Campus Party teve foco especial para o empreendedorismo, aproveitando a vocação da cidade e seu habitat de empresas de TI (Tecnologia da Informação) e economia criativa com objetivo de promover empresas de base tecnológica e teve como diferencial a Maratona de Negócios, promovida pela  Startup 360, com mais de 150 empresas, cujo objetivo foi levar à todos que tivessem uma ideia, um esboço de protótipo, e que mesmo com um time reduzido, fosse empreendedor.

Foi apresentado um  programa com várias atividades voltadas ao empreendedorismo para impulsionar a indústria de TI nacional, estimulando a criação de aplicativos e serviços úteis, convertendo ideias de empreendedores em negócios operantes no mercado. A maratona contou com os temas: Empreendimento Social, Economia Criativa, Educação, Tecnologia/Cultura Digital e Cidades Inteligentes.

O presidente nacional da Campus, Marcelo Zenga, declarou que o evento trouxe  como novidade a área de simuladores de última geração de Fórmula 1, aviões e cabines 3D, mas declarou que a maratona é motivo de muito orgulho para os idealizadores do evento. “A gente fica sempre muito feliz quando encontra alguém que nos diz que a história da sua empresa mudou a partir da Campus Party. Esse é o nosso grande legado”, ponderou.

Essas empresas apresentaram seus serviços e produtos, na intenção de estabelecer contatos e encontrar parceiros e financiadores. Essas empresas, que atuam em vários segmentos, passaram por uma curadoria que levou em consideração o potencial de mercado, as capacidades de seus empreendedores e o modelo de negócio.

Participantes buscam troca de experiências

A Campus Party Recife reuniu participantes do brasil inteiro que buscam aumentar suas redes de relacionamentos e trocar experiências na área de tecnologia, games e empreendedorismo. É o caso do estudante de engenharia mecatrônica, Hudson César, de 25 anos e participa do evento pela terceira vez, e que tem planos de investir de games do setor automobilístico. “Essa é uma oportunidade de agregar novos conhecimentos com as palestras e ouvir cases de sucesso para nos incentivar a continuar estudando e nos capacitando”, afirmou.

O grupo de amigos formado pelo estudante de computação gráfica, Leonardo Nascimento, 26 anos, a design Patrícia Reges, 24 e a arquiteta Anne Caroline, 24, saíram de Caruraru (PE), para participarem pela primeira vez do evento para conhecer mais projetos na área de tecnologia avançada. “Nosso objetivo principal é fazer mais contato, pois essa é uma área que nos interessa muito e queremos adquirir mais informações”, expos Nascimento.

Já Larissa Sousa, 23 anos, estudante de Engenharia de Produção veio de Minas Gerais para a Campus buscar novos saberes sobre as questões ligadas ao empreendedorismo que é onde pretende atuar. “Esse tipo de evento é muito importante para aumentar nossos contatos com as mais diversas pessoas”, disse.



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