Cientistas investigam “aranhas” gigantes em Marte

No ano de 2003, pesquisadores lançaram a primeira hipótese relacionada a este assunto

Marte | Reprodução
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A origem de formações semelhantes a aranhas gigantes, localizadas no polo sul de Marte, pode estar sendo desvendada por cientistas do Reino Unido. Eles descobriram, com o auxílio de gelo seco,  uma máquina capaz de recriar condições do planeta e sedimentos parecidos com os presentes no território extraterrestre, que mudanças de estado de elementos geram o aspecto visual observado por lá. O estudo foi publicado na revista Scientific Reports.

No ano de 2003, pesquisadores lançaram a primeira hipótese relacionada a este assunto. Eles sugeriram que os "monstros" de cerca de 1 km de extensão eram resultado da sublimação de gelo rico em dióxido de carbono, uma vez que o gás compõe 95% da atmosfera de nosso vizinho. Essa teoria foi confirmada pela equipe à frente do achado divulgado no fim do mês passado.

Formações localizadas no polo Sul de Marte (Reprodução)

Em um simulador chamado Open University Mars Simulation Chamber, os responsáveis pela investigação depositaram grãos de sedimentos de tamanhos variados e, em seguida, se valeram de uma máquina com "garras" para suspender o material frio e baixá-lo sobre os exemplares, cuja temperatura mais elevada estaria de acordo com o que se testemunharia no solo de Marte após a luz do Sol penetrar na camada translúcida depositada sobre o chão e aquecê-lo. Logo depois, veio a confirmação.

"Cara, como sabia tocar guitarra!"

A exemplo de teorias divulgadas há quase duas décadas, durante o procedimento, o gelo seco automaticamente se transformou em gás a partir de sua base, e a pressão exercida pela transformação o fez escapar por rachaduras em formato de nuvem, deixando para trás os padrões de pernas de aracnídeos que inspiraram inclusive ícones da música mundial, como David Bowie.

Lauren McKeown, líder do estudo, explica que a abordagem oferece o primeiro conjunto de evidências empíricas sobre o processo que, quase certamente, modifica paisagens no terceiro planeta do Sistema Solar. Além disso, de acordo com o artigo, as "pernas" se ramificam mais quando sedimentos são mais finos.

"Mostramos que a sublimação de CO2 pode ser um agente altamente eficiente de transporte de sedimentos sob a pressão atmosférica marciana atual e que a morfometria é governada pelo parâmetro Shields", comemoram os cientistas, se referindo a um número não dimensional usado para calcular o início do movimento de sedimentos em um fluxo de fluido – ou, neste caso, ações de "criaturas" que ainda não vimos acontecer ao vivo e a cores.

Major Tom, ao que parece, foi bem-sucedido em sua missão.



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