Cientistas podem ter detectado primeira evidência direta da matéria escura

Experimento em satélite detecta presença anormal de elétrons e pósitrons. Fenômeno pode ser fruto do decaimento de partículas de matéria escura.

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Um experimento europeu a bordo de um satélite pode ter detectado a primeira evidência direta da física de partículas da existência da matéria escura -- substância misteriosa que, até agora, só foi identificada por conta de seus efeitos gravitacionais.

A matéria escura existe em quantidade muito maior do que a matéria convencional (chamada de bariônica), que é a substância de que somos feitos. Estima-se que, do total de matéria e energia do universo, apenas 5% seja convencional. A matéria escura responderia por 23%, e a energia escura, ainda mais misteriosa, comporia 72%.

Os dados do instrumento Pamela utilizados foram coletados durante 500 dias, desde seu lançamento ao espaço, em junho de 2006. O experimento basicamente detecta partículas de radiação cósmica, que tem as mais diversas origens, desde objetos astronômicos dentro e fora de nossa galáxia, até, com mais intensidade em nossa vizinhança cósmica, elementos do vento solar.

Até aí, nada de novo no front. A novidade foi que o experimento detectou uma quantidade inesperadamente alta de elétrons (partículas negativamente carregadas que costumam orbitar os núcleos dos átomos) e pósitrons (similares aos elétrons, mas com carga positiva) com uma determinada energia. Especula-se que eles possam ser resultado do decaimento de partículas da elusiva matéria escura.

Entretanto, os cientistas ressaltam que a fonte de partículas pode ser algum objeto astronômico, como um pulsar, e não ter relação com a matéria escura. Eles apostam que futuros dados do Pamela ajudarão a discriminar entre as duas hipóteses.

Os pesquisadores apresentaram seus resultados na edição desta semana do periódico científico "Nature".



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