Mais da metade de pessoas de classes mais baixas têm acesso à internet

O acesso à internet nas residências brasileiras cresceu em 2019

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O acesso à internet nas residências brasileiras cresceu em 2019, com 74% da população já conectada, segundo a pesquisa TIC Domicílios, que afere informações sobre conexão à internet no país. Em 2018, o percentual da população que se dizia conectada era de 70%.

Com o avanço do indicador, agora são 133,8 milhões de usuários de internet no Brasil, apontou a pesquisa divulgada nesta terça-feira (26). O levantamento, um dos principais no país, é feito todos os anos pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic).

Os dados foram compilados antes da pandemia de coronavírus e não refletem ainda as mudanças no uso da rede que aconteceram a partir da segunda quinzena de março. O levantamento colheu informações em 23.490 domicílios, com mais de 20 mil pessoas.

Entre as classes mais baixas (D e E), 57% da população está na internet. O indicador também cresceu na região rural, com 53% das pessoas conectadas. Pela primeira vez, mais da metade da população desses dois indicadores tem acesso à internet.

Veja mais destaques da pesquisa:

Uso da internet para comunicação é o mais comum: 92% dos usuários afirmam já ter enviado mensagens por WhatsApp ou chat no Facebook;

74% usaram a internet para ver filmes ou séries;

39% dos usuários realizaram compras on-line nos 3 meses anteriores à pesquisa;

68% usaram serviços on-line do governo no último ano, mas o número é maior entre quem tem mais renda (88% na classe A, ante 48% nas classes D e E);

Ainda existem 28 milhões de domicílios que não estão conectados, somando 47 milhões de brasileiros.

Celular é principal meio

Os smartphones continuam liderando na pesquisa como o principal dispositivo para acessar a internet: 58% dos usuários se conectam à rede exclusivamente por celulares. Já os computadores tiveram mais um ano de declínio.

Celulares foram utilizados como método de conexão por 99% dos usuários de internet. O computador foi usado por 42% dos usuários. As televisões inteligentes também tiveram alta considerável, de 30% em 2018 para 37% em 2019.

Em 2019, 39% das residências tinham computador, abaixo dos 42% um ano antes. O maior índice, de 50%, foi registrado em 2015.

O uso do celular, como ferramenta exclusiva de acesso, é mais comum nas classes mais baixas, nas zonas rurais e entre pessoas com menor nível de educação.

Nas classes D e E, 85% dos usuários de internet se conectaram exclusivamente por smartphones. O índice foi de 79% na zona rural e de 78% entre as pessoas que tem apenas ensino fundamental.

O celular também é o meio exclusivo de acesso para os mais novos e os mais velhos: 65% das pessoas entre 10 e 15 anos se conectaram usando um dispositivo móvel, mesmo percentual de quem tem 60 anos ou mais.

Diferentes noções de uso da internet

A TIC Domicílios apontou que o número de usuários de internet no país seja maior do que os 74% divulgados. O indicador ampliado aponta que cerca de 79% dos brasileiros têm acesso à rede.

Acontece que muitos usuários não definem como acesso à internet o uso de aplicações específicas e há uma discussão sobre o que quer dizer usar a internet.

"A própria ideia do que é usar a internet está em discussão. Há um percentual de usuários que usa aplicações na internet, mas não reconhece o uso da rede", afirma Fabio Senne, coordenador das pesquisas TIC no Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, braço do Comitê Gestor da Internet no Brasil.



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