Teresina sedia evento de desenvolvimento de jogos da América Latina

Durante os 3 dias estão previstas palestras com convidados mundiais

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Foi ao som do clássico tema da série de filmes Guerra nas Estrelas, executado pela Orquestra Sinfônica de Teresina sob a regência do maestro Aurélio Melo, que teve início o XIV Simpósio Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital, o SB Games, nesta quarta (11) em Teresina. O evento, que segue até esta sexta (13), e reúne profissionais, pesquisadores e interessados no setor de desenvolvimento de jogos.

Na programação estão previstas palestras com convidados internacionais, tutoriais, festival de jogos independentes e mostra de artes. O evento possui também espaço voltado à pesquisa científica, dividido em quatro trilhas: cultura; artes e design; computação e indústria. O SB Games tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi) por meio do Programa de Auxílio para Organização de Evento Científico. 

Para o presidente da Fundação, Francisco Guedes, que participou da abertura do evento, é uma honra para a Fapepi ser parceira dos eventos de inovação tecnológica. "Teremos aqui apresentações de trabalhos, fruto de pesquisas que relacionam games com os vários campos da ciência. Estamos sempre buscando uma articulação maior do governo com a academia, com os jovens e com as empresas, porque isso é fundamental para o desenvolvimento do estado”.

Na tarde da sexta (13), o diretor técnico-científico da Fapepi, Albemerc Moura de Moraes, vai representar a Fapepi durante a sessão "A Cena de Games no Piauí: As Políticas de Incentivo".

Para o Prefeito de Teresina, Firmino Filho, o Simpósio tem um papel importante para fortalecer a economia do conhecimento. “Nós temos, na cidade de Teresina, uma movimentação muito grande no setor de Tecnologia da Informação (TI). São jovens empreendedores, acadêmicos e empresas que investem nesse setor. Nós entendemos que a realização desse Simpósio é importante para criar essa sinergia entre todos aqueles que fazem a TI na cidade de Teresina”, pontua.

O XIV SB Games é realizado pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) e pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPI) e promovido pela Sociedade Brasileira de Games (SBC) e pela Abragames. Coordenador da Comissão de Jogos e Entretenimento da SBC, Ricardo Nakamura enxerga uma evolução considerável na indústria de games no Brasil.

“Há 10, 15 anos, você tinha iniciativas isoladas, muita gente discutindo como fazer isso funcionar. Hoje em dia, você ainda tem empresas pequenas, todo mundo lutando para conseguir seu espaço, mas você tem uma quantidade muito maior de iniciativas, você tem produtos, uma série de jogos produzidos por essas empresas que existem aqui no Brasil e que estão desenvolvendo produtos de alta qualidade, que são reconhecidos no exterior”, destaca.

Sobre o cenário de desenvolvimento de games no Piauí, Erick Passos, da organização do evento, afirma que novas iniciativas, como estúdios de games, estão começando a surgir e dar resultados. Exemplo disso é que, dentro do Simpósio, acontece uma competição de jogos e neste ano duas das equipes finalistas são piauienses. “Foram cinco jogos produzidos aqui que estiveram concorrendo e, desses cinco, dois dos finalistas são feitos aqui. Então foi muito interessante ver isso porque não foi a gente que escolheu, foi um júri especializado do Brasil inteiro”, explica Erick.

Um dos jogos produzidos por piauienses que está competindo no SB Games é o “The Last NightMary”, que utiliza a lenda do Cabeça de Cuia como inspiração, levou quatro meses para ser finalizado e envolveu uma equipe de oito pessoas, entre programadores, roteiristas, compositores e artistas visuais. Ruhan Bello, da equipe que criou o jogo, está animado com a disputa. “A gente está com boas expectativas porque tem muita gente falando bem do nosso jogo. Tem muita gente gostando e a gente acha que a gente tem chance, sim, de vencer”, revela.

Quem também está aproveitando o evento para expor seu jogo é o estudante Adriano Rocha, que veio de Picos para o SB Games. O jovem e mais seis colegas foram auxiliados pelo professor de Informática do IFPI, onde estudam, para desenvolver um jogo que também utiliza lendas populares. Segundo ele, está vindo uma boa quantidade de pessoas e a galera está gostando do jogo, tem alguns que estão dando algumas dicas para ajudar a melhorar os controles.

Palestrante convidado do evento, o chileno Juan Pablo Lastra está na indústria de desenvolvimento de jogos desde 2003 e já trabalhou como líder de projeto, diretor técnico e desenvolvedor em mais de 30 projetos para consoles, PC e plataforma móveis. Sobre os desafios de se desenvolver jogos em 2015, Juan Pablo Lastra destaca a dificuldade de um jogo ganhar visibilidade em meio a tantos que são produzidos e, também, a estabilidade da indústria de games, pois ainda é um desafio largar outros trabalhos para se dedicar integralmente ao desenvolvimento de jogos.



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