Terrenos se tornam lixão a céu aberto na zona Leste de Teresina

Moradores da região próxima ao prolongamento da Avenida Fernando Pires Leal denunciam que terrenos na via passaram a acumular lixo e restos de materiais de construção

Lixão | José Alves Filho
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O prolongamento da Avenida Fernando Pires Leal, localizado na zona Leste de Teresina, que foi inaugurado há dois anos, está se transformando em um lixão. O prolongamento foi criado com o objetivo de permitir um tráfego binário com a Avenida Noronha Almeida, principal via do Bairro São João, que se encontra com a Avenida dos Expedicionários. Pessoas que moram nas imediações relatam que caminhões depositam lixo e restos de materiais de construção diariamente nos terrenos o entorno. Alguns moradores também se aproveitam do espaço vazio para queimar lixo domiciliar.

Quem não está nada feliz com essa situação são os moradores mais próximos da região onde estão depositando todo esse lixo. Primeiro, porque o mau cheiro é insuportável; segundo, porque atrai moscas, baratas, cobras e outros animais para dentro das residências; e, terceiro, porque a queima do lixo provoca muita fumaça.

Segundo a moradora Maria da Conceição das Chagas Leite, que mora na região há mais de 30 anos, a situação vem piorado bastante: “Quando terminaram [de construir] essa avenida, começaram a colocar lixo nesse terreno. E isso está prejudicando muito a gente, porque além do lixo, quando vier o inverno a água vai vazar e vai inundar muitas casas”, reclama.

O lixo atrai muitas pragas para dentro da residência de Maria da Conceição, inclusive cobras: “Tem dia que a gente não dorme, tem dia que não dá nem para comer. Eles jogam carcaça de cachorro, jogam tudo. Fede demais a carniça. Atrai barata, mosca e até cobra, um dia entrou uma na minha casa”, relata a dona de casa.

Já Maria Cândida de Sales culpa a população pela situação enfrentada pelos moradores: “A prefeitura raramente vem e limpa, mas não adianta nada, pois jogam lixo de novo. Os próprios moradores fazem isso, jogam restos de móveis velhos e outras coisas. Tem dia que fica o maior fedor do mundo, mas a gente não pode fazer nada. É falta de educação mesmo”, explica.

Moradores reclamam que a dengue está sempre iminente

Outro problema grave da região é uma doença comum no período das chuvas: a dengue. O lixo dos terrenos do entorno da Avenida Fernando Pires Leal acumula água limpa e parada das chuvas, o que contribui diretamente para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença. Segundo os moradores, é comum o registro de casos pela vizinhança.

Maria da Conceição e sua família são vítimas frequentes do descaso. “Quando é no inverno só o que dá é dengue por causa dos pneus, garrafas, vaso sanitário tudo cheio d’água dentro desse lixão. Todo mundo aqui de casa já teve, todo ano alguém contrai a doença”, diz.

SDU/Leste diz que tomará providências em breve

A reportagem buscou informações junto à Superintendência de Desenvolvimento Urbano da zona Leste (SDU/Leste) para saber se existe algum projeto para limpar a área da Avenida Pires Leal, visto que os moradores relataram que já procuraram o órgão diversas vezes e não obtiveram uma solução concreta.

Segundo a Gerência de Serviços Urbanos do órgão, a região passará por uma limpeza geral a partir da próxima segunda-feira, e que uma equipe será encaminhada ao local para tomar as providências cabíveis, o que também implica multa às pessoas que jogam lixo no local.

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