SEÇÕES

Toque no corpo feminino sem autorização é violência sexual

Pesquisa sobre o assunto foi divulgada nesta segunda-feira (04)

FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Pesquisa efetuada pelo Instituto Locomotiva entre os dias 15 e 20 de agosto, com 2.030 mulheres e homens, em 35 cidades brasileiras, apurou que 94% avaliam que uma mulher ser “encoxada” ou ter o corpo tocado sem a sua autorização é uma forma de violência sexual.

O presidente do instituto, Renato Meirelles, analisou que “um juiz pode achar que não é violência sexual, mas 94% acham que é. E não estamos falando nem em ejacular”, observou. A pesquisa foi divulgada hoje (04).

Meirelles lamentou que esta é uma realidade muito presente no dia a dia das brasileiras. De acordo com a pesquisa, somente este ano 13,7 milhões de mulheres externaram terem sido “encoxadas” ou tiveram o corpo tocado sem autorização, o que representa 17% do total de mulheres adultas do país. Este número é ainda maior (20% do total) entre as jovens, na faixa etária de 18 a 34 anos. 

Trinta e cinco por cento dos brasileiros adultos, ou o correspondente a 84 milhões de pessoas, conhecem uma mulher que foi beijada à força no último ano, o que também constitui violência sexual. A pesquisa mostra que 23% das mulheres (17,8 milhões de mulheres) foram ameaçadas por algum homem este ano.

“É importante entender que isso sempre existiu no Brasil. A questão é que agora as mulheres estão mais cientes dos seus direitos, por um lado, e por outro lado, tem as redes sociais que funcionam como denúncia e isso acaba criando uma pressão popular para que as autoridades sejam mais rigorosas no cumprimento da lei”, comentou Renato Meirelles.

Ele disse que a lei tem que ser expressão da sociedade. Nos casos recentes em que dois homens ejacularam em mulheres dentro de coletivos, em São Paulo e no Rio de Janeiro, na última semana, Meirelles analisou que ou a violência praticada foi interpretada de forma errônea pelo juiz ou ela não está em sintonia com a vontade da sociedade.

A pesquisa pretende provocar o debate na população sobre o tema para mostrar que atos como os que aconteceram nesses ônibus não são exceção, mas são a regra do dia a dia brasileiro. “As mulheres são mais vítimas de abusos e de machismo do que se pode imaginar”, apontou. Completou que não se trata de um ato isolado. “É um ato contínuo”.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos