Trem avançou sinal antes de colisão que deixou um morto e 8 feridos

A agência reguladora trabalha com a hipótese de uma combinação de duas ou três causas estejam por trás da colisão.

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Nesta quarta-feira (27), faz um mês do acidente que envolveu um trem que acabou colidindo com outra composição, na estação de São Cristóvão, em São Paulo, onde vitimou uma pessoa e deixou oito feridas. De acordo com a  Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes (Agetransp), o trem  avançou um sinal vermelho pouco antes da batida ocorrer. O avanço teria acontecido num trecho a aproximadamente 100 metros de distância da estação.

A agência está sendo responsável pela investigação da causa do acidente, que deixou um morto e oito feridos. No entanto, o fato não seria suficiente para motivar sozinho a batida. A agência reguladora trabalha com a hipótese de uma combinação de duas ou três causas estejam por trás da colisão.

O conjunto de possíveis causas abrange falha humana ( erro de alguém) , falha mecânica ( não funcionamento do ATP, sistema que avisa da presença de um obstáculo à frente e que ajuda a parar a composição) e falha de comunicação ( que inclui ações do centro de controle de operações de tráfego, encarregado de informar, por exemplo, sobre a presença de composições na mesma linha).

Fabiano Rocha / Fabiano Rocha

Os dois trens haviam partido da Central do Brasil para Deodoro. Um estava estacionado com passageiros na estação São Cristóvão e aguardava ordem para partir e o fechamento das portas. O outro seguia vazio para Deodoro e acabou colidindo com a parte traseira da primeira composição.

A coleta de dados dos dois trens, que trafegam na mesma linha , foi concluída 23 dias depois do acidente. As principais informações foram colhidas no equipamento que registra eventos das composições, como frenagens, velocidade, e histórico do início da viagem até o momento do impacto.

Espécie de caixa preta dos trens, o dispositivo também é capaz de dizer, por exemplo, se o ATP de bordo das composições estava ligado ou não.O acidente causou a morte do maquinista da SuperVia, Rodrigo da Silva Ribeiro Assumpção, de 40 anos. Agetransp deve analisar ainda as imagens da colisão e o vídeo das câmeras de segurança das cabines dos maquinistas.

Fabiano Rocha / Fabiano Rocha

O objetivo é o de checar o comportamento dos condutores das composições e o funcionamento dos trens, nos momentos que antecederam à batida.

Ainda não há data prevista para a conclusão das investigações, que terá inclusive a elaboração de uma nota técnica. O documento trará a leitura da checagem dos 50 principais itens das composições,que podem estar relacionados ou não com o acidente. Quando isso ocorrer, as conclusões serão levadas para o conselho diretor da agência, que decidirá por uma punição ou não, para a concessionária SuperVia, que tem a concessão do transporte ferroviário de passageiros desde 1998.

Inquérito

A Polícia Civil, que abriu um inquérito para apurar crime de homicídio culposo e lesão corporal culposa,recebeu na última sexta-feira, a lista de funcionários que estavam de plantão no centro de controle de operações de tráfego e o nome do maquinista que sobreviveu ao acidente.

Todos deverão prestar depoimento, na 17ª DP ( São Cristóvão), na próxima quinta-feira. A polícia também pediu acesso às imagens da colisão e ao vídeo das cabines dos maquinistas. Além disto, os investigadores também aguardam o recebimento do relatório do equipamento que registra os eventos das duas composições.

Fabiano Rocha / Fabiano Rocha



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES