Três anos após sofrer acidente de moto, homem implanta dedo do pé no lugar de polegar da mão

Segundo o médico responsável pela cirurgia, cerca de 95% dos procedimentos cirúrgicos desse tipo apresentam resultados positivos

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Três anos depois de sofrer um acidente de moto que amputou seu polegar esquerdo, o auxiliar de depósito Carlos Henrique Pacheco, de 33 anos, se submeteu a um transplante de um dos dedos do pé na mão. A cirurgia foi realizada no último sábado e faz parte do programa SOS Reimplante, que, desde 2008, já realizou 523 procedimentos desse tipo, no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Animado com a prótese, Carlos admite que se espantou quando o coordenador do projeto, o microcirurgião João Recalde, lhe falou que era possível fazer o implante. “Nunca tinha ouvido falar que era possível tirar um dedo do pé e reimplantar na mão. Fiquei de pensar sobre o assunto, me informei e descobri que podia dar certo", disse o paciente.

Para recuperar o dedo polegar da mão de Carlos, foi retirado o segundo dedo de um do pé direito do paciente. A delicada cirurgia, segundo o microcirurgião, foi bem sucedida. “A técnica consistiu na retirada do segundo dedo do pé para reimplante na mão, religando artéria, veia, tendão e nervos. No mesmo dia da cirurgia, fizemos uma plástica no pé para que fique esteticamente aceitável. Os procedimentos foram um sucesso. Após a recuperação, além do retorno gradativo do movimento do dedo da mão, o paciente pode continuar fazendo tudo com o pé que foi operado”, explicou.

Segundo o médico responsável pela cirurgia, cerca de 95% dos procedimentos cirúrgicos desse tipo apresentam resultados positivos. “Temos uma demanda grande de pacientes do projeto que são elegíveis a esse procedimento, mas muitos ainda têm receio. Queremos, com essa primeira cirurgia, mostrar os resultados positivos e estimular que outros também façam”, explicou Recalde, que acredita que, em pouco mais de três meses, Carlos deve apresentar os primeiros movimentos no dedo operado, além de voltar a ter sensibilidade na região. Com a chance de voltar a ter uma rotina normal, o auxiliar de depósito comemora a possibilidade de realizar tarefas simples do dia a dia: “Perdi parte da mobilidade e tem sido difícil fazer tarefas básicas como escovar os dentes. Estou confiante de que vou voltar a ter uma vida normal. Agora é vida nova”, diz Carlos.







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