TRF-4 afasta juiz Eduardo Appio da 13ª Vara Federal de Curitiba

Decisão é uma medida cautelar e ainda pode ser revertida em outras instâncias

Juiz Eduardo Appio vinha causando desconforto em ex-integrantes da Laja Jato | Divulgação / Justiça Federal do Paraná
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Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) acaba de decidir pelo afastamento do juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Appio. O afastamento atende à uma representação do desembargador Marcelo Malucelli. Com a decisão do Tribunal, o magistrado é afastado dos processos relativos à Operação Laja Jato.

Marcelo Malucelli é desembargador da 8ª turma do TRF-4 e no início do mês de abril descumpriu uma decisão do STF e decretou a prisão do advogado Tacla Duran. Mas logo em seguida pediu afastamento dos processos da Laja Jato, quando foi tornado público que o seu filho é sócio do escritório do ex-juiz Sérgio Moro, além de ligações familiares com o mesmo.

O afastamento não é definitivo e ainda cabe ao juiz Eduardo Appio um prazo de 15 dias para apresentar sua defesa prévia. A alegação que levou o TRF-4 a afastar o juiz Eduardo Appio foi a de que ele extrapolou os limites de sua função ao ligar, fora do horário de expediente, para o filho do desembargador Marcelo Malucelli.

A ligação seria para confirmar o parentesco entre João Eduardo Malucelli e o desembargador Marcelo Malucelli, já que foi noticiado a ligação entre o filho do desembargador com o ex-juiz Sérgio Moro. A atuação do juiz Eduardo Appio na 13ª Vara Federal de Curitiba vinha causando desconforto em ex-integrantes da Operação Laja Jato, já que o magistrado reformou diversas decisões do ex-juiz Sérgio Moro e fez críticas públicas à condução dos processos feitas pelo ex-juiz.

Nesta segunda-feira, o juiz havia concedido uma entrevista ao canal GloboNews onde falou sobre “apagar o legado da Lava Jato” e disse haver “indícios de graves delitos” envolvendo uma escuta ilegal na cela do doleiro Alberto Youssef, considerado o marco-zero da operação. Também nesta segunda-feira a juíza Gabriela Hardt, que foi a substituta de Sérgio Moro, quando este deixou a magistratura para ser ministro da Justiça de Bolsonaro, pediu seu afastamento para o Estado de Santa Catarina.



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