Trump diz que teria 2,5 milhões de mortos se agisse como Brasil

Presidente deu entrevista coletiva no jardim da Casa Branca nesta sexta-feira (5).

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O presidente americano Donald Trump disse nesta-sexta-feira (5) que salvou pelo menos 1 milhão ao 'fechar os EUA' e observa que Brasil está num 'momento bem difícil' com coronavírus.

"Fechamos nosso país. Salvamos, possivelmente, 2 milhões, 2,5 milhões de vidas. Poderia ser só um milhão de vidas, acho que não menos que isso. Mas se considerarmos que estamos em 105 mil hoje em dia, o número de vítimas seria pelo menos 10 vezes maior. É o que se acredita como mínimo se fizéssemos (imunidade de) rebanho", comentou.

"Se você olha para o Brasil, eles estão num momento bem difícil. E, falando nisso, continuam falando da Suécia. Voltou a assombrar a Suécia. A Suécia também está passando por dificuldades terríveis. Se tivéssemos agido assim, teríamos perdido 1 milhão, 1,5 milhão, talvez 2,5 milhões ou até mais", afirmou.

Inicialmente, Trump minimizou a ameaça do vírus que já matou mais de 108 mil pessoas nos Estados Unidos, o maior número de mortos de qualquer país do mundo.

O presidente por vezes contradisse especialistas em doenças de seu governo, promoveu tratamentos potenciais que não foram considerados eficientes e já acusou governadores democratas de reabrirem seus Estados vagarosamente para prejudicar suas chances de reeleição.

Os norte-americanos parecem estar cada vez mais críticos à maneira pela qual Trump conduz a crise da saúde. De acordo com uma pesquisa Reuters/Ipsos publicada no dia 12 de maio, os que desaprovam o desempenho de Trump no comando da resposta à pandemia superam os que aprovam por 13 pontos percentuais.

O levantamento mostra que 41% dos adultos norte-americanos aprovam o desempenho de Trump no cargo, queda de 4 pontos em relação a um levantamento semelhante conduzido em meados de abril. A reprovação ao presidente cresceu 5 pontos para 56% no mesmo período.

Evolução dos números brasileiros

O Brasil superou a Itália em número de mortos por complicações da Covid-19 na quinta-feira (4). O país acumula 34.021 vidas perdidas durante a pandemia e está atrás apenas do Reino Unido e dos Estados Unidos, segundo o balanço mais recente do Ministério da Saúde.

O Brasil chegou a terceiro país com mais mortes no mundo 79 dias depois do registro da primeira vítima da Covid-19, em 17 de março.

No mundo inteiro, a pandemia já fez cerca de 389,6 mil mortes, de acordo com o painel da universidade norte-americana Johns Hopkins. A doença começou na China, que hoje tem pouco mais de 4,6 mil mortes. O país asiático mais atingido é o Irã, com mais de 8 mil óbitos.

Ao comparar as taxas de mortes por cada 100 mil habitantes, o Brasil tem 14 mortes a cada 100 mil.

Essa taxa mostra o efeito do vírus em países menos populosos, como o Reino Unido (66,6 milhões) e a Itália (60,3 milhões de habitantes), em comparação com os EUA (329,5 milhões) e Brasil (209,5 milhões).

Floyd

Enquanto divulgava o número surpreendente de queda de desemprego nos EUA em maio, Trump disse ainda que esperava que George Floyd estivesse "olhando para baixo" do céu "e dizendo: 'Isso é uma grande coisa acontecendo para o nosso país. '”

Ele disse que uma economia forte é essencial para melhorar as tensões raciais.

"Este é um ótimo dia para ele, é um ótimo dia para todos", disse ele. “É um ótimo dia para todos. Este é um ótimo, ótimo dia em termos de igualdade ”, disse ele em uma entrevista coletiva concedida nos jardins da Casa Branca, referindo-se ao homem negro morto sob custódia da polícia de Minneapolis.

"É realmente o que nossa constituição exige, e é sobre o que nosso país é", disse o presidente.

Trump ainda celebrou que a pior parte da pandemia de coronavírus teria ficado para trás no país.

"Tínhamos a maior economia da história. E essa força nos permitiu superar esta horrível pandemia, que já superamos, em grande medida. Acho que estamos indo bem", declarou Trump, em uma entrevista coletiva na qual comemorou que o desemprego em maio tenha caído para 13,3%.

China

Trump comentou que vê a Fase 1 do acordo comercial assinado entre os EUA e a China de maneira diferente após a pandemia.

"Acho que vejo o acordo comercial de forma um pouco diferente do que há três meses",comentou.

"Uma relação harmoniosa com a China seria uma coisa boa. Não sei se isso vai acontecer. Aviso a vocês", acrescentou.



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