UFPI produz protetores faciais para recém-nascidos

Material foi produzido por docente em Floriano e será usado por recém-nascidos nas maternidades do município

| reprodução
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Os recém-nascidos de Floriano-PI e municípios vizinhos estarão utilizando protetores faciais como prevenção ao novo coronavírus. Essa iniciativa uniu esforços de um professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI) como parte do projeto de extensão que busca preservar a saúde dos bebês que forem transferidos para a UTI neonatal ou que necessitem de cuidados nas maternidades. Os protótipos foram testados e aprovados por profissionais da área de pediatria.

De acordo com o Ministério da Saúde, das mortes confirmadas no Brasil pela Covid-19, pelo menos 13 bebês de até 2 anos de idade vieram a óbito em maio. A máscara Face Shield, em português “escudo facial”, representa uma barreira física, impedindo que o vírus entre em contato com o rosto dos bebês, enquanto eles estiverem em ambiente hospitalar.

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O docente do curso de Biologia do campus Amílcar Ferreira Sobral, da UFPI em Floriano, Daniel Fortier, é o coordenador do projeto “Produção de Face Shields em impressora 3D para Floriano e região”. Ele aponta que o protetor facial pode ser um equipamento importante no enfrentamento do vírus.

“Já foi percebido que a contaminação dos recém-nascidos dentro dos hospitais ocorre por visitantes ou mesmo por profissionais de saúde infectados. Como os bebês ficam parados e deitados isso acaba que o fluxo de ar leve muitas partículas para os recém-nascidos. Já solicitei o material e serão produzidas 30 unidades para maternidade do Hospital Regional Tibério Nunes e de um hospital privado”, afirmou o interlocutor da extensão.

Todo material será distribuído na próxima semana para as duas unidades de saúde. A ‘Baby Shield’ tem sido um equipamento de proteção individual (EPI). Segundo o tutor, caso haja demanda, novas unidades das máscaras em 3D poderão ser desenvolvidas. O modelo da UFPI, no entanto, segue moldes especiais e medidas ajustáveis respeitando os critérios de conforto e leveza.

“As máscaras possuem três materiais; uma viseira transparente de acetato, um suporte chamado TPU feito em impressora 3D e um elástico branco que permite o ajuste em diferenças de tamanho do crânio dos bebês. A sugestão é que o protótipo seja colocado por cima da toca para ficar ainda mais confortável para a criança”, enfatiza.

Como nasceu a iniciativa

Há duas semanas uma pediatra do hospital Tibério Nunes, entrou em contato com o curso da instituição para verificar a possibilidade de desenvolverem um protótipo de Face Shields em bebês. Daniel Fortier, que já havia confeccionado protetores faciais de usos adulto desde março, buscou formas de criar o modelo para recém-nascidos.

“Até então não havia surgido essa demanda aqui no Piauí. Tive conhecimento que foi produzido em outros estados como Rio Grande do Norte e Santa Catarina. A médica perguntou se poderia fazer um, me informei, fiz um protótipo, entreguei a ela onde foi testado e aprovado”, contou o professor.

O projeto é resultado da cooperação entre Universidade e a Fadex/Rede Pense Piauí, que forneceu equipamentos e insumos para produção de 400 protetores para profissionais de saúde. A UFPI também lançou um edital de bolsas para que alunos participem do projeto. “Por enquanto, a expectativa é que em junho já tenhamos alunos trabalhando comigo”, reforçou Daniel.

Quem tiver interesse em produzir o protótipo, o arquivo 3D está disponível para download. Instituições e cidadãos podem realizar doações de insumos como acetato, filamento e peças para impressão através do (89)99936-6446 ou fortier@ufpi.edu.br.



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