União reduz repasse do FPE para o Piauí em R$ 79 milhões

A queda também se observa em relação a junho do ano passado, chegando a R$ 27,8 milhões

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Previsão encaminhada pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) ao Governo do Piauí prevê a queda de R$ 79 milhões no repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE) apenas neste mês, no comparativo a maio. A queda também se observa em relação a junho do ano passado, chegando a R$ 27,8 milhões.

A frustração nas receitas disponibilizadas pelo Fundo ao Piauí impõe desafios à manutenção do equilíbrio fiscal, obrigando o Estado a reduzir ainda mais as despesas. Em termos proporcionais, a queda no valor repassado pelo Governo Federal ao Piauí é de R$ 23,65% em relação a maio; e de 9,85% na comparação com junho de 2018. 

Diante dessa situação de cortes nos repasses, o superintendente da Receita, Antônio Luiz Soares, explica que no ano passado o valor transmitido no mês foi de R$ 282,9 milhões ante R$ 255,031 milhões previstos para junho de 2019. "Nós temos duas principais receitas para o Governo do Piauí: uma é o FPE, e a outra é a arrecadação própria, quase metade do bolo cada, então estamos vendo agora o mês de junho, e já sabemos que é normal ter uma queda em relação a maio, porque em junho começa a devolver o imposto de renda das pessoas que ficou retido no ano passado, só que ninguém espera que seja menor do que o mesmo período do ano passado, então em junho de 2018 tivemos uma arrecadação de R$ 282 milhões no FPE, e nesse ano a previsão da STN é em torno de R$ 255 milhões, então é quase R$ 28 milhões a menos do que no ano passado, só agora no dia 10 nós esperávamos um valor e veio R$ 14 milhões a menos do que no ano passado", disse. 

O superintendente ainda sintetiza que a situação é agravada quando se percebe que a receita transmitida pelo Fundo não acompanha o aumento nas despesas e a inflação. "Então você tem as despesas que são constantes, com água, energia, telefone, com pessoal, aumenta as despesas, e a receita que era para estar aumentando ao menos de acordo com a inflação do ano, está vindo muito menor que o mesmo período do ano passado, então isso causa um contingenciamento, obriga o Estado do Piauí a contingenciar as despesas, e reduzir os gastos mais ainda", afirmou. 

Apesar do crescimento na arrecadação própria mês a mês, sem o reajuste nos repasses do FPE há uma dificuldade em equilibrar as contas públicas. "Só esse mês mesmo vai ter R$ 27 milhões a menos que no ano passado, e as despesas são as mesmas ou até maiores; a receita própria está aumentando cerca de 5% cada mês, e o FPE caindo nesse mês 10%  em relação ao mesmo período do ano anterior", frisou Antônio Luiz Soares. 

Repasse federal para os municípios apresenta queda de 12%

Além da queda nos repasses do FPE em junho, os municípios também terão que lidar com uma transmissão menor de recursos neste mês, no comparativo com o mesmo período do ano passado. Isto porque, segundo estimativa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) foram repassados no primeiro decêndio de junho às cidades piauienses o montante líquido de R$ 66,2 milhões. Em 2018, o valor creditado foi de R$ 73,2 milhões. Ou seja, são R$ 7 milhões a menos para as Prefeituras locais. 

A queda se difunde aos demais entes federativos, de modo que no primeiro decêndio de junho de 2019, comparado com mesmo período de 2018, houve uma redução de 12,20%, incluindo o valor da inflação. 

Diante disso, a CNM orientou os gestores locais sobre a inconstância na distribuição das transferências, sinalizando que O primeiro decêndio, que é sempre o maior do mês e representa quase metade do total mensal, sofre influência da arrecadação de período anterior. Isso porque a base de cálculo para o repasse considera os dias de 20 a 30 do mês que o antecede. 

Na avaliação mensal, nota-se dois ciclos distintos. No primeiro semestre estão os maiores repasses do FPM, concentrados em fevereiro e maio, mas entre os meses de julho a outubro os repasses diminuem significativamente. Nesse período, com destaque para setembro e outubro. Por isso, é importante que os gestores municipais mantenham cautela ao gerir os recursos. Assim, a Confederação ressaltou que é preciso planejamento e reestruturação dos compromissos financeiros das prefeituras para que seja possível o fechamento das contas.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES