Varíola dos macacos pode afetar os olhos

A oftalmologista Walda Eulálio Santos orienta as pessoas a observarem as manifestações clínicas de ordem oftalmológica

Varíola dos macacos pode afetar os olhos | Josh Sorenson
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A varíola dos macacos, ou ainda monkeypox, já é uma realidade no Brasil e no Piauí, com casos confirmados em um verdadeiro surto da doença. Muita gente não sabe, mas a infecção viral pode trazer manifestações clínicas oftalmológicas

De acordo com a médica oftalmologista Walda Eulálio Santos, especialista em retina, é preciso observar com atenção alguns sintomas. 

“A varíola dos macacos pode ser um perigo para a saúde ocular. As lesões podem se concentrar tanto na região da pálpebra como também na conjuntiva”, revela.

Olhos podem ser afetados pela varíola dos macacos. Crédito: Josh Sorenson. 

Outro fator de risco da doença, que é transmitida entre os seres humanos, é a chamada úlcera de córnea

“Isso pode deixar a visão embaçada. Nestes casos, a automedicação pode ser perigosa, por isso o ideal é buscar orientação médica”, acrescenta. 

A varíola dos macacos inicia com um quadro de dores no corpo, cabeça e febre. Em cinco dias evolui para o quadro clássico de feridas com pus espalhadas pela pele, sobretudo nos membros e órgãos genitais, as chamadas pústulas. O tratamento é feito de acordo com os sintomas e o período de incubação pode ser de até 12 dias, em média. 

Walda Eulálio Santos é oftalmologista. Crédito: Divulgação.

Para prevenir a doença, é necessário adotar algumas medidas simples. “Lavar as mãos com frequência, manter os olhos lubrificados e evitar levar as mãos aos olhos evitam esse tipo de complicação”, aponta Walda Eulálio Santos. 

Tempo seco também prejudica os olhos 

Agosto trouxe ao Piauí ventos, altas temperaturas e o período mais seco do ano, com umidade do ar que pode chegar a valores inferiores a 20%, o que lembra um deserto. Isso também pode prejudicar os olhos. 

Walda Eulálio Santos, oftalmologista, lembra dos cuidados necessários. 

“O tempo seco pode prejudicar pacientes que já tenham histórico de olho seco. Isso porque a redução da umidade relativa do ar também afeta os tecidos moles, como as mucosas e a própria esclera ocular. Isso pode desencadear em uma coceira, que pode levar até a um caso de conjuntivite alérgica. O ideal é caprichar na hidratação e optar por umidificadores de ar, por exemplo", explica.

Médica orienta população sobre o período seco. Crédito: Divulgação.

O olho quando fica muito seco ele fica mais vulnerável a agressões externas, além de mais fragilizado. 

“É importante o acompanhamento oftalmológico porque o médico pode prescrever colírios que atenuem essa situação. O importante é que não aconteça automedicação. Quem passa muito tempo em frente a computadores também pode sofrer mais com este tipo de problema", finaliza.



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