“Viatura lilás é para identificar o homem como agressor”, diz comandante

A comandante explicou o motivo da viatura da Patrulha Maria da Penha ser na cor lilás, fato esse que foi bastante criticado por alguns piauienses.

Comandante | Raíssa Morais
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A capitã Leoneide Rocha, comandante da Patrulha Maria da Penha, informou em entrevista ao programa Bom Dia Meio Norte que apesar da patrulha ter apresentado grandes resultados, a violência contra a mulher ainda é um número crescente. 

“Infelizmente é um número crescente, embora todas as informações possíveis sejam dadas, todo um trabalho fortalecido apesar de ter apresentado grandes resultados, mas ainda é um numero crescente que é potencializado durante os finais de semanas pelo uso da bebida alcoólica. O Trabalho da Polícia Militar que vem desde 2020 através da Patrulha Maria da Penha, mas que antecedeu um trabalho que foi iniciado em Parnaíba através do Grupamento de Atendimento Especializado à Criança, Idoso e Mulher desde 2015 a gente já tem uma larga experiência no atendimento da ocorrência e no acompanhamento das mulheres que estão em situação de violência”, disse. 

Capitã Leoneide Rocha - Foto: Raíssa Morais

A comandante explicou ainda o motivo da viatura da Patrulha Maria da Penha ser na cor lilás, fato esse que foi bastante criticado por alguns piauienses.

“A origem da cor lilás vem desde o movimento sufragista quando as mulheres ainda lutavam pelo direito ao voto, porque naquela época somente o homem votava então elas engajaram uma luta e para essa luta sentiram falta de uma simbologia, de algo que remetesse a tudo que elas estavam querendo, que era a igualdade de direitos, o direito ao voto. Então o que elas fizeram? elas pegaram a pigmentação rosa misturaram com a pigmentação azul e surgiu o lilás e o lilás hoje é a cor da igualdade, do respeito, da dignidade então todas as lutas da mulher pelo direito ela tem essa simbologia”, disse.

Segundo a comandante, o objetivo da cor é justamente para identificar o agressor. “A violência domestica é uma ocorrência de difícil identificação se essa mulher não se sentir encorajada, não se sentir forte o suficiente para fazer essa denúncia dificilmente essa ocorrência vai ser identificada pelo estado. Então com o advento da viatura lilás com certeza ela vai ter um serviço especializado, diretamente orientado para esses agressores. Da porta da rua são cidadãos de bens acima de qualquer suspeita e dificilmente as pessoas o identificam como agressores de mulheres, então com a chegada da viatura ele vai ser identificado sim como um agressor”, declarou.

Viatura lilás é usada na Patrulha Maria da Penha - Foto: Raíssa Morais



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