Voluntários servem sopa e espiritualidade à comunidade em Teresina

Grupo desenvolve, com trabalho integralmente voluntário e através de doações, atividades para crianças, mães, gestantes e aqueles que precisam de cestas básicas ou da sopa servida aos sábados

Projeto | Reprodução
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O Instituto Espírita Casa de Mãe Maria (IECMM), de caráter religioso, filantrópico e sem fins lucrativos, desenvolve vários projetos sociais dentro da comunidade Ladeira do Uruguai, região marcada pela pobreza e a vulnerabilidade social. Como um abraço àquela região em partes esquecida pelo poder público, o grupo desenvolve, com trabalho integralmente voluntário e através de doações, atividades para crianças, mães, gestantes e aqueles que precisam de cestas básicas ou da sopa servida aos sábados para se alimentar.

Projeto Pão da Vida distribui mais de 350 litors de sopa todos os sábados - Foto: Divulgação

O Instituto funciona através de vários projetos. O Projeto Pão da Vida, por exemplo, distribui mais de 350 litros de sopa, todos os sábados, para cinco comunidades carentes, além de distribuir cestas básicas a cada dois meses para as famílias cadastradas. O Projeto Sementes do Amanhã, por sua vez, trabalha com a entrega de enxovais para mães das comunidades atendidas.

A Instituição Espírita também mantém o Projeto Florescer Mulher, realizando oficinas de empoderamento profissional e pessoal às mulheres da comunidade Ladeira do Uruguai. O Projeto Semeando Esperança também funciona de maneira muito importante, trabalhando na evangelização moral-cristã de 100 crianças e adolescentes da região atendida.

Voluntários fazem entrega de sopa

O Instituto também realiza palestras, estudos, atendimentos fraternos, tratamentos de passe e fluidoterapia. Todas as atividades são abertas à comunidade em geral. Atualmente, com as limitações e cuidados que a situação de pandemia exige, as atividades estão sendo feitas de forma remota e com distanciamento, cumprindo os protocolos de segurança.

Trabalho 100% voluntárioProjeto também faz doação de cestas básicas a cada dois mesesO Instituto Espírita iniciou seus trabalhos pensando no futuro da comunidade, em um trabalho de evangelização e aconselhamento para a criançada. “Aqui funciona com diversos projetos. Inicialmente começamos com o Semeando Esperança, pois nosso foco era atender crianças e adolescentes. Queríamos atender crianças de 3 a 15 anos em situação de risco e vulnerabilidade social. Depois pensamos no Pão da Vida para alimentar toda a comunidade. Depois vieram outros projetos, para profissionalizar as mães e garantir enxovais das mães gestantes”, explica Amanda Patrícia, assistente social que gerencia projetos sociais e cadastros familiares.

As comunidades do entorno do bairro também são beneficiadas. “Nosso foco é a Ladeira do Uruguai, além de comunidades adjacentes. Ao todo, somos 20 voluntários fixos hoje. Nosso papel não é voltado para a religião, mas a caridade. Atendemos as crianças visando prevenir em quatro aspectos: violência, prostituição, drogas e suicídio”, analisa Amanda.

Projeto Sementes do Amanhã trabalha com a entrega de enxovais 

O grupo iniciou dentro de uma faculdade particular da região com alunos que estudam o evangelho. “Eu nunca havia percebido essa área tão carente. Andei pelas ruas e percebi como era carente. Então resolvemos adentrar para conhecer e trazer um pensamento novo, não necessariamente religioso, mas valorizando a cidadania. Queremos abraçar crianças não importa qual seja a religião. Começamos com 23 crianças e agora temos mais de 1000”, acrescenta Matheus Marques, médico e dirigente da instituição.

O trabalho que envolve arte, cidadania e a moral cristã permite trabalhar o lado educacional e social da juventude da região. “Agora estamos fazendo esse acompanhamento de forma remota, mas a saudade do retorno está grande. Só vamos voltar quando as escolas também voltarem de forma efetiva”, pontua o diretor do Instituto.

Crianças recebem brinquedos

 É preciso matar a fome da comunidade

A pandemia acentuou o desemprego e a pobreza. Isso explica a demanda triplicada pela sopa aos sábados. Antes eram cinco tachos, agora são até 15 grandes panelas de sopa para dar conta de tanta gente que procura o alimento servido. Athus Ramon, estudante de engenharia, é o responsável pela Sopa Fraterna Francisco de Assis. “Nós começamos pela manhã e terminamos à tarde, sempre aos sábados. Distribuímos pela Vila Uruguai, Samaritana, Madre Teresa, Santa Bárbara, Jesus de Nazaré e moradores de rua da zona Leste. São mais de 200 pessoas beneficiadas. A necessidade pela sopa cresceu. Na pandemia, crescemos o projeto. A demanda pela sopa aumentou muito”, revela.

Parte dos voluntários do projeto - Foto: Raíssa Morais

O projeto se mantém a partir de doações. “Temos poucas doações fixas, dos próprios voluntários. Fazemos campanhas, shows, jantares, festivais de pastel, venda de blusas e máscaras. Atualmente conseguimos os frangos da sopa, mas sempre nos ajudam, inclusive de gente que nem mora aqui. É muita luta e esforço. A pandemia afetou nosso financeiro, e todo mundo que atendemos. Mas a própria comunidade se une. Tem uma assistida, da comunidade, que não tem emprego físico, mas doou um quilo de sal. Nesse momento percebemos que amor que a gente distribui é retribuído de alguma forma”, finaliza.

Foto:Raíssa Morais

Projeto Florescer Mulher



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