Whatsapp: nova política de privacidade começa hoje

Muitos órgãos reguladores brasileiros não veem com bons olhos as novas medidas.

Novas regras passam a valer a partir de hoje | reprodução internet
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Tem início hoje(15) a nova política de dados do Whatsapp. Vigorando nesta data, é preciso ficar atento as novas regras e formas de funcionamento do aplicativo.

Ele  passará a compartilhar informações de contas de negócios (a modalidade Whatsapp Business) com o Facebook, uma das mudanças que já causa uma certa polêmica. Afinal, é a plataforma central da empresa de mesmo nome que controla o app de mensagem.

Mesmo passando a vigorar a partir de hoje, a mudança ocorre sob protestos. Muitos órgãos reguladores brasileiros não veem com bons olhos as novas medidas.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacom) e o Ministério Público Federal (MPF) já se posicionaram emitindo recomendações  e apontando  alguns problemas nas novas políticas.

O documento é bem claro e mostra que as mudanças podem trazer riscos à proteção de dados dos usuários do aplicativo, além de impactar negativamente nas relações de consumo estabelecidas entre os usuários e a empresa. No âmbito concorrencial, as novas regras podem impactar negativamente a competição no mercado. Por isso, os órgãos solicitaram o adiamento do início da vigência das normas.

Novas regras do Whatsapp passam a vigorar a partir de hoje/reprodução internet

Na sexta-feira (14) o Cade divulgou nota na qual diz que o Whatsapp “se comprometeu a colaborar” com os órgãos reguladores que enviaram a recomendação. No prazo de três meses a partir de hoje as autoridades farão novas análises e questionamentos à empresa, que manifestou disposição em dialogar.

Problemas

Na recomendação conjunta divulgada na semana passada, as autoridades afirmam que a alteração nas novas regras de privacidade pode trazer prejuízos ao direito à proteção de dados dos usuários. A ANPD apresentou sugestões de mudança nas novas regras para “maior transparência quanto às bases legais, finalidades de tratamento, direitos dos titulares, tratamento de dados pessoais  sensíveis e de crianças e adolescentes, e o reforço  de salvaguardas de segurança e privacidade”.

Outro problema seria a falta de transparência e de clareza acerca de quais dados serão coletados. “Sob a ótica da proteção e defesa do consumidor, essa ausência de clareza dos termos  de uso e da política de privacidade também pode se traduzir em publicidade enganosa e abusiva, em violação aos arts. 31, 37, 38, 39, caput, do CDC [Código de Defesa do Consumidor], pois a oferta contratual constante  dos  termos  de  uso  e  da  política  de privacidade  não  dariam  conta  da  dimensão  exata  do  custo  não  precificado  de  uso  do serviço pelo consumidor”, pontua o texto.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES