Feira traz a Cultura Quilombola em Monsenhor Gil com apoio do prefeito

Feira das Mulheres Empreendedoras traz a Cultura Quilombola em Monsenhor Gil com apoio do prefeito João Luiz

Feira traz a Cultura Quilombola em Monsenhor Gil com apoio do prefeito |
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A Feira das Mulheres Empreendedoras de Monsenhor Gil deste domingo (14), foi bem diferente e agregou cultura, arte talento. Contou com a presença do prefeito João Luiz Carvalho e vice Evandro Abreu , dentre outros e outras pessoas, a exemplo da vereadora Professora Norma Suely Abreu . Mas o Galpão do Polo Uab de Monsenhor Gil, ficou Rico e belo com a participação do grupo de Pagode Mirim do Quilombo Mimbó, do município de Amarante. Na parte musical a presença e talento da mulher empreendedora, cantora Renayra Aquino.

E ainda, a presença e palestra com dona Idelzuíta Paixão, memória viva do Mimbó. Neta por parte de pai e mãe dos fundadores do Quilombo. Ela foi a primeira professora da comunidade, ainda em 1971, e conhece bem a história dos antepassados. O prefeito João Luiz ao se manifestar durante a feira disse: "As mulheres empreendedoras de Monsenhor Gil podem contar com apoio da prefeitura de Monsenhor Gil. Estamos aqui para incentivar na certeza de que mais mulheres venham se somar a essa brilhante ideia da Elissandra Assunção. Parabéns mulheres e contem comigo", disse o prefeito João Luiz.

 Ele que tão bem sabe o que é empreender, ousar, criar algo em meio a várias adversidades. Foi assim quando ele criou seu primeiro posto de venda de combustíveis na comunidade Baixa Grande, as margens da BR 316, há 17 anos, hoje empregando dezenas e dezenas de chefes de família e gerando oportunidades, além de contribuir com o desenvolvimento do Estado do Piauí, através dos impostos que recolhe para os cofres públicos. Hoje já são 05 postos; Monsenhor Gil, Demerval Lobão, Piripiri, Picos e Teresina. 

Prefeito João Luiz em meio as crianças do Grupo Pagode Mirim do Quilombo Mimbó de Amarante, ontem em Monsenhor Gil

O pagode do Mimbó é um grupo cultural da cidade de Amarante que surgiu junto com a formação dos quilombos na cidade. Geração após geração, a tradição foi passada entre as pessoas, e atualmente conta também com um grupo mirim, que já se apresentou em diversos estados brasileiros.

Dr Batista Abreu, prefeito João Luiz, Elissandra Assunção, organizadora da feira, vereadora Norma Suely Abreu, vice prefeito Evandro Abreu e Secretário Municipal de Cultura e Turismo de Monsenhor Gil, Miro Silva

Dona Ildezuite Paixão, líder da comunidade Quilombola Mimbó, em Amarante

Marta Paixão, Ellissandra Assunção e dona Ildezuite Paixão

O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado, no Brasil, em 20 de novembro. Foi criado em 2003 como efeméride incluída no calendário escolar — até ser oficialmente instituído em âmbito nacional mediante a lei nº 12 519, de 10 de novembro de 2011, sendo feriado em cerca de mil cidades em todo o país e nos estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Rio de Janeiro através de decretos estaduais. 

Em estados que não aderiram à lei a responsabilidade é de cada câmara de vereadores, que decide se haverá o feriado no município. A vinda de parte dos quilombolas do Mimbó até Monsenhor Gil, marca antecipado a reverência e respeito ao 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. 

A feira é uma oportunidade das mulheres de Monsenhor Gil apresentar seus produtos, arte e sua veia empreendedora num cenário que aínda é dominado pelo homem. A feira também agrega outras culturas, como aconteceu neste domingo (14) quando a organização, através da inteligente Elissandra Assunção, trouxe de Amarante, com apoio do prefeito João Luiz, o pagode Mirim do Quilombo Mimbó e sua líder Idelzuite Paixão, que proferiu palestra sobre a história, a luta do negro contra a escravidão e seus açoites, culminando com a fuga de vários deles, criando por exemplo a comunidade Quilombola Mimbó. A feira também contou com expositoras do vizinho município Lagoa do Piauí. . Veja algumas das expositoras.

Vereadora professora Norma Suely Abreu, Ellissandra Assunção e professora Maronildes Andrade, que atuou como mestre de cerimônia no evento

Texto complementar

Falar sobre os negros, sua saga, sofrimento, preconceitos é falar também em conquistas a exemplo desta lei sancionada no dia 13 de novembro de 2021, pela governadora em exercício do Estado do Piauí, Regina Sousa

A governadora em exercício, Regina Sousa, sancionou a Lei n° 7.626/2021, que reserva às pessoas negras e pardas 25% das vagas oferecidas nos concursos públicos e processos seletivos para provimento de cargos efetivos, temporários e de empregos públicos, nas autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista, controladas pelo Estado do Piauí. A reserva de vagas será aplicada sempre que o número de vagas oferecidas no concurso público for igual ou superior a 3.

“Tem uma lei federal, mas os Estados precisam fazer as suas. A cota é um instrumento de promoção de igualdade onde há desigualdade”, avalia a gestora estadual.

Segundo o texto da lei, poderão concorrer às vagas reservadas aqueles que se autodeclararem negros ou pardos no ato da inscrição no concurso público, vedada a declaração em momento posterior, conforme o quesito cor ou raça utilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A declaração é facultativa, ficando o candidato submetido às regras gerais estabelecidas no edital do concurso, caso não a faça no ato de inscrição.

“Ele [candidato] tem que atingir os pontos necessários na prova, não passa de qualquer jeito. Os próximos concursos do Estado já vão obedecer isto”, ponderou Regina Sousa.

Na hipótese de constatação de declaração falsa, o candidato será eliminado do concurso ou processo seletivo. Se houver sido nomeado, ficará sujeito à anulação da sua admissão ao serviço ou emprego público e deverá ressarcir o erário quanto aos prejuízos causados e restituir a remuneração eventualmente recebida.

Na hipótese de não haver número de candidatos negros ou pardos aprovados suficientes para ocupar as vagas reservadas, as vagas remanescentes serão revertidas para a ampla concorrência e serão preenchidas pelos demais candidatos aprovados, observada a ordem de classificação.

A Lei, de autoria do deputado estadual Francisco Limma (PT), foi aprovada pela Assembleia Legislativa e entrará em vigor em 60 dias.

(www.pi.gov.br)



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