Operação prende 11 pessoas em Teresina; 6 envolvidas em ataques a ônibus

Também foram apreendidos carros roubados, drogas e armas, bem como combustível que teria sido utilizado para incendiar os coletivos

Operação em Teresina contou com a presença de todas as forças policiais do Piauí | Divulgação/Polícia Civil
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Onze pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (18) em Teresina, durante uma operação integrada com as forças de segurança do Piauí na região da Vila do Mocambinho, zona Norte capital. Seis dos indivíduos foram detidos sob suspeita de terem incendiado cinco ônibus na cidade e as outras cinco pessoas foram presas por cumprimento de mandados. A ação policial foi iniciada em resposta às ações de criminosos diante da morte de dois homens suspeitos de envolvimento em uma tentativa de assalto contra um coronel da PM. 

Durante uma entrevista coletiva realizada na sede da Secretaria de Segurança Pública no mesmo dia, as autoridades policiais apresentaram o balanço da operação. Além das prisões, foram apreendidos dois carros roubados (um deles usado na tentativa de assalto contra o coronel da PM), celulares, uma mochila com fogos de artifício, drogas e armas, bem como combustível que teria sido utilizado para incendiar os ônibus.

11 pessoas são presas em operação integrada (Foto: Divulgação)

Apesar de nem todos os envolvidos nos incêndios terem sido presos, a polícia afirmou que já identificou todos eles. Segundo o secretário de Segurança, Chico Lucas, um grupo de criminosos da Vila Mocambinho foi alvo principal da operação. "Dos 11 presos, alguns tinham mandados de prisão em aberto, estavam portando armas de fogo ou em posse de veículos roubados. Encontramos combustíveis e tambores na casa de um dos envolvidos, outros confessaram os casos dos incêndios dos ônibus", contou.

Foram presos: 

M. de S.S., conhecido como “Playboy”, acusado de ser o mandante do incêndio aos ônibus

R.G. da C., acusado de participar do roubo de um veículo e do incêndio aos ônibus

J.P.A, acusado de participar do incêndio aos ônibus

V.V.R, acusado de participar do roubo de um veículo, tentativa de latrocínio e do incêndio aos ônibus;

E.R.O.R, conhecido como “Colombiano”, acusado do roubo de um veículo, tentativa de latrocínio e do incêndio ao ônibus

J.P. de S.A., conhecido como “Bufado”, acusado de participar do incêndio

P.V.B.G, conhecido como “Cremozinho”, acusado de tráfico de drogas; 

C.S. do N.; 

F. da S.R, que possuía mandado de prisão em aberto por porte ilegal de arma; 

A.B. da S., acusado de tráfico de drogas; 

W. de S.B., conhecido como “Padeco”. 

“Podemos ressaltar que todas as ações são baseadas em planejamentos realizados em conjunto com todas as instituições da segurança pública. Isso demonstra que o Estado do Piauí e a Segurança Pública é organizada, a criminalidade não. Foi uma resposta muito rápida, conseguimos tirar essas pessoas de circulação e, com certeza, iremos identificar os outros envolvidos”, disse delegado Charles Pessoa, coordenador do DRACO. 

O secretário Chico Lucas negou que a ação de vandalismo tenha sido planejada pelo grupo e que a reação dos criminosos já era esperada após a ação da polícia militar que resultou na morte de dois suspeitos de balear balear o coronel da reserva Maurício de Lacerda, da Polícia Militar do Piauí, durante uma suposta tentativa de assalto na madrugada de segunda-feira (18).

"Eles faziam parte de um grupo na Vila Mocambinho, zona Norte. Não foi um ataque convocado por líderes de facções criminosas que atuam em presídios, foi um bando concentrado que comete crimes naquela região e em outras áreas de Teresina", falou o secretário.

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Ao todo, 200 policiais civis e militares participaram da operação na Vila Mocambinho, que contou também com equipes das forças especializadas, como Batalhão Especial de Policiamento do Interior (BEPI), Batalhão de Policiamento e Rondas Ostensivas (RONE), Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e Batalhão de Policiamento Aéreo (BOPAer). 

Ruas de acesso à Vila chegaram a ser bloquedas pelos agentes de segurança. Segundo a polícia, o local foi ocupado de forma pacífica. 

Chico Lucas destacou que vai atuar para garantir a tranquilidade da população em todas as zonas e nas demais cidades do estado do Piauí. “A gente vai olhar para todos indistintamente, seja para as cidades grandes ou pequenas, bairro elitizado ou vilas. O estado do Piauí vai combater qualquer tipo de crime e não vamos escolher, vamos agir para termos índices de violência toleráveis dentro dos padrões mundiais", falou.

De acordo com o Delegado Geral da Polícia Civil, Luccy Keiko, a operação é resultado de um trabalho de investigação da inteligência da Polícia Civil junto ao Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), que já possuíam mandados de busca e apreensão em aberto. “O que aconteceu ontem [segunda-feira] foi apenas a reação dos criminosos à intensidade das ações que estão sendo feitas nesses poucos mais de cem dias de governo. A Polícia Militar e a Polícia Civil têm trabalhado de uma forma intensa, incessante, e os número estão mostrando a redução de mortes violentas, o aumento de apreensão de armas de fogo, mais de cem no Estado, prisões, principalmente a quem está fazendo a criminalidade violenta, roubos, homicídios e tráfico”, comentou o delegado geral.

Operação foi deflagrada manhã de hoje

Após cinco ônibus incendiados na noite de segunda-feira (17), sendo um do Transporte Público de Teresina, fato que ocorreu na Vila Mocambinho, zona norte e outros quatro de uma empresa privada de serviço de ônibus fretado, na região da Nova Teresina, zona leste, a Polícia Civil e Polícia Militar estão realizando, desde as primeiras horas desta terça-feira (18), uma operação na Vila Mocambinho, para localizar os criminosos que participaram do ataque aos ônibus. Estão sendo cumpridos vários mandados.

Os ataques aos ônibus estariam relacionados à morte de dois suspeitos de atirar no coronel da PM, Maurício de Lacerda, no bairro Primavera, na madrugada de segunda-feira. Eles entraram em confronto com a polícia na Vila Mocambinho.



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