Piauí tem queda de arrecadação, mas aumenta investimentos na educação

O relatório também demonstrou um aumento nos gastos com educação e saúde (cujos investimentos ficaram acima dos índices exigidos: 25% e 12%, respectivamente), além de uma redução na despesa com pessoal

Audiência Pública | ALEPI/Thiago Amaral
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Nesta segunda-feira (24), foi apresentado pelo Executivo o balanço fiscal do último quadrimestre de 2022. A audiência aconteceu na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) e as informações foram fornecidas aos deputados piauienses, além dos órgãos públicos competentes e sociedade civil. 

Diferente do 3⁰ quadrimestre de 2021, as despesas ultrapassaram as receitas nesse mesmo período de 2022. O total de receitas foi de mais de R$ 14 bilhões no 3º quadrimestre de 2022, enquanto o total de despesas superou os R$ 16 bilhões. "Foi um ano muito difícil. Fomos afetados pelas leis 192 e 194 [que limitaram a cobrança do ICMS pelos estados]. Você tinha um planejamento de estudo da arrecadação e ele foi abruptamente alterado", explicou o secretário estadual da Fazenda, Emílio Júnior, em audiência pública no Plenarinho da Assembleia Legislativa. 

O relatório também demonstrou um aumento nos gastos com educação e saúde (cujos investimentos ficaram acima dos índices exigidos: 25% e 12%, respectivamente), além de uma redução na despesa com pessoal. "O maior gasto do Estado é com a folha de pagamento. Quando começa a estrangular, começa a faltar dinheiro pra outros investimentos. O Estado ficou abaixo do limite de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal. Mesmo juntando todos os poderes, o Estado está dentro do limite", destacou Emílio Júnior.

O presidente da Comissão de Fiscalização e Controle, Finanças e Tributação da Assembleia, deputado Henrique Pires (MDB), questionou o gestor sobre a execução das emendas indicadas pelos deputados, já que parte das emendas parlamentares ao Orçamento de 2023 não foram executadas por falta de recursos. "A gente queria o apoio do Executivo pra que elas possam virar realidade em 2024", frisou Henrique Pires.

Em resposta ao deputado, Emílio Júnior voltou a falar das dificuldades enfrentadas em 2022 em relação à queda da receita, a exemplo dos recursos vinculados ao Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério). "Fizemos todo um plano do Fundef. Foi dito que a parte dos juros era parte do Tesouro. Aí depois veio um juiz federal e fez aquela ação. Tinha um bilhão pra ser liberado pra investimento. Você tinha todo um planejamento e houve essa desorganização no ano passado", disse.

A deputada Simone Pereira (MDB) presidiu a audiência, que também contou com a participação dos deputados Evaldo Gomes (Solidariedade), Severo Eulálio (MDB), Hélio Isaías (PT), Rubens Vieira (PT) e Felipe Sampaio (MDB). Uma nova audiência está prevista para junho deste ano, quando o Executivo deve apresentar o balanço fiscal referente ao 1º quadrimestre de 2023.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES