“Abatido”, dono da Kiss passa a noite em presídio mesmo após alegar ameaça de morte

Em entrevista exclusiva para o “Fantástico”, exibido na noite de domingo, Kiko deu alguns depoimentos conflitantes.

Kiko, um dos sócios da Kiss. | Reprodução
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Um dos sócios da Boate Kiss passou a última noite em uma cela individual na Penitenciária Estadual de Santa Maria (RS), no distrito de Santo Antão. O empresário Elissandro Spohr recebeu alta nesta terça-feira do Hospital Santa Lúcia, em Cruz Alta, a 130 quilômetros de Santa Maria, e foi levado à delegacia, onde prestou depoimento. O incêndio na boate Kiss já deixou 238 mortos.

Durante o dia, a defesa de Spohr havia pedido à Justiça que ele fosse levado a algum presídio de outra cidade, alegando que o empresário poderia sofrer ameaças. O Ministério Público, no entanto, se posicionou contra o pedido, e a Justiça aceitou o argumento dos promotores Joel Dutra e André Fernando Rigo.

Já o outro dono da boate, Mauro Hoffmann, o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor do grupo, Luciano Augusto Bonilha Leão estão presos no Presídio Regional de Santa Maria.

Em entrevista exclusiva para o "Fantástico", exibido na noite de domingo, Kiko deu alguns depoimentos conflitantes. Ele disse que não sabia que a banda Gurizada Fandangueira fazia apresentações com artefatos de pirotecnia e que nenhuma performance com esse tipo de objeto estava autorizada na casa noturna. O produtor da banda, Luciano Bonilha, negou que Spohr não soubesse das apresentações.

Sobre as falhas nos mecanismos de prevenção de incêndio, Kiko disse que as reformas foram feitas para a melhoria do ambiente, já que a vizinhança reclamava constantemente do barulho. Ele alegou que o engenheiro Miguel Ângelo Pedroso, responsável pelas obras na Kiss, indicou o uso de espuma para o isolamento acústico. A afirmação foi negada pelo engenheiro.

Em lágrimas, Kiko disse que não sabe como será sua vida nos próximos dias e que não sabe o que dizer aos pais que perderam seus filhos na casa noturna durante o incêndio. "O sonho acabou", lamentou.

Morte de jovem aumenta número de morto

Um jovem morreu por volta das 13h desta terça-feira na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre em consequência do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS). O número de mortes na tragédia passou a ser de 238. A unidade de saúde confirmou a morte. O nome do jovem não divulgado a pedido da família.

Com a morte de mais uma vítima hospitalizada, já são quatro nesta condição. Pelo último balanço divulgado pela Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, 85 pessoas feridas no incêndio permanecem hospitalizados. De acordo com o boletim do órgão, o número de pacientes que respiram com ajuda de aparelhos caiu de 35 para 28.



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