Rio de Janeiro: Polícia tem provas da união de facções para ataques

Grupo que comanda a Rocinha já teve presos suspeitos de ataques

Carro pega fogo durante ataque no Rio de Janeiro. | Divulgação
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A polícia do Rio de Janeiro já tem provas de que as duas principais facções criminosas do Estado estão agindo em conjunto na onda de ataques que atinge a região metropolitana da capital fluminense desde o último domingo (21).

Além do bando que controla o complexo do Alemão e a Vila Cruzeiro, criminosos da organização que comanda a favela da Rocinha, na zona sul, também aderiram à sucessão de ataques.

A suspeita foi reforçada na última quinta-feira (25), com a prisão de um integrante da quadrilha do chefe da Rocinha, em São Conrado, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem.

O suspeito, conhecido pelo apelido de Cabeludo, foi flagrado enchendo seis galões de gasolina em um posto na Barra da Tijuca, na zona oeste. As informações indicam que ele usaria o combustível em ataques.

Outro indício do envolvimento da quadrilha da Rocinha foram as prisões de quatro homens com dez litros de combustível no morro dos Macacos, em Vila Isabel, na noite.

À PM, os suspeitos disseram que praticariam ataques a mando do traficante conhecido como Scooby, que está escondido na Rocinha. A favela ganhará uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) em breve.

Traficantes do Alemão teriam migrado para a Rocinha e o Juramento

A suposta aliança entre as duas facções vem sendo alvo de comentários de policiais desde o início da semana. Há informações de que os dois grupos firmaram um pacto para reagir à política das UPPs em uma reunião na Rocinha no último fim de semana.

Nesta sexta-feira (26), o Serviço Reservado do batalhão de Olaria (16º BPM) recebeu informações de que alguns integrantes da cúpula do tráfico no complexo do Alemão e da Penha, entre eles os traficantes Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, Fabiano Atanásio da Silva, o FB, Alexander Mendes da Silva, o Polegar e Marcelo da Silva Leandro, o Marcelinho Niterói, podem ter fugido para a Rocinha, após a polícia ter ocupado a Vila Cruzeiro

Informações dos serviços de Inteligência das duas polícias indicam ainda que o complexo do Alemão ainda reuniria cerca de 500 bandidos. Outros traficantes da favela foram para o morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, na zona norte, e até mesmo para comunidades ocupadas por UPPs (Unidades de Polícia Pacificadoras).

Os bandidos, segundo policiais, saem discretamente da favela em horários diferentes, distribuídos em vários carros, inclusive em táxis. Uma fonte diz que o estado de ânimo dos membros das facções está abalado.

- Os criminosos estão esgotados. Estão tentando se rearticular.

Nesta sexta-feira (26), a Justiça aceitou denúncia contra os traficantes Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, e Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, que foram acusados como os mandantes dos atentados.



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