Acusado de encarcerar e abusar de jovem vai para a cadeia

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O comerciante Raimundo Gomes da Silva, 61 anos, acusado de aprisionar, estuprar e amea?ar por quase uma d?cada uma jovem de 19 anos, se entregou ? pol?cia de Luzi?nia (GO) na manh? de ontem. Ele estava na casa de uma sobrinha, em S?o Paulo, desde o ?ltimo dia 7.

Era acompanhado pela filha mais velha, de 31 anos, que o convenceu a se apresentar. No depoimento, ele assumiu o relacionamento com a jovem, mas negou t?-la acorrentado e a participa??o nos assassinatos da m?e da v?tima, do beb? que, segundo a mo?a, era filho dele e do fazendeiro Marcos Pereira Rodrigues, morto em 2005. Ficar? preso at? o fim da apura??o do caso e deve responder pelos crimes de atentado violento ao pudor, recepta??o de objetos roubados e c?rcere privado.

Raimundo garantiu que tinha um ?relacionamento legal? com a menina, mas deixou claro: ?N?o amava ela. Nunca amei ningu?m?. A jovem afirma ter sido estuprada aos 10 anos, engravidado aos 13 e passado dois anos acorrentada em um por?o sujo e escuro no bar Vagalume, do comerciante, no bairro Sol Nascente. A titular da Delegacia de Atendimento ? Mulher (Deam) de Luzi?nia, Dilamar Castro, afirma que h? in?meras contradi?es no depoimento do acusado e que ?ele parece estar mentindo?. Raimundo est? detido no Centro de Pris?o Provis?ria da cidade goiana, onde aguardar? o fim das investiga?es policiais. A jovem e a filha de 5 anos, fruto da viol?ncia sexual do comerciante, foram encaminhadas para uma casa de assist?ncia social em Goi?nia, onde devem ficar por 15 dias.

A filha mais velha de Raimundo ? do casamento com a ex-mulher ? decidiu levar o pai para S?o Paulo depois de ele ter sido espancado dentro do pr?prio bar, em 5 de fevereiro. ?Achei melhor tirar ele daqui. Mas quando ele disse que era inocente, que n?o tinha feito nada com a menina, o convenci a voltar?, revelou a mulher ao Correio. Ela e o pai sa?ram da capital paulista em um ?nibus clandestino na noite de quinta-feira. Segundo o delegado plantonista da Ciops de Luzi?nia, Hernane de Oliveira, a dupla chegou ao local ?s 6h30 de ontem.

?Local de descanso?

Acionados pela equipe do Ciops, os agentes da Deam chegaram ao local minutos depois e levaram o comerciante para prestar depoimento. Por tr?s horas seguidas, sem a presen?a de advogados, Raimundo contou sua vers?o da hist?ria. Negou que o por?o do bar Vagalume fosse um c?rcere. Segundo ele, tratava-se apenas de ?um local de descanso? e a corrente, supostamente usada para prender o tornozelo da adolescente, um objeto para passar o tempo: ?gostava de ficar balan?ando?, disse.

O acusado negou ainda o assassinato do beb? de dois meses, filho da jovem. Disse que a crian?a n?o ? dele e que a teria devolvido ao pai verdadeiro, um suposto amante da adolescente que vive em Planaltina de Goi?s. ?Era uma crian?a negra, n?o podia ser filha dele. Eu mesmo a preparei para ele levar ao pai. Ela (a v?tima) n?o queria mais cuidar do menino?, defendeu a filha mais velha de Raimundo, que n?o quis revelar o nome.

Raimundo negou outros dois assassinatos. O primeiro ? o da m?e da jovem, ocorrido em dezembro de 2004, em Samambaia. Na ocorr?ncia do crime, o comerciante aparece como suspeito de ser o mandante do homic?dio. Ele tamb?m nega ter matado o fazendeiro Marcos Pereira Rodrigues, por conta de uma rixa sobre um terreno no Jardim Europa, em Luzi?nia. Mas a investiga??o continua. Al?m de a jovem garantir que presenciou o homic?dio dentro do bar Vagalume, a pol?cia encontrou ontem o documento de identidade do fazendeiro no estabelecimento de Raimundo.



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