Afastada após festa de presos, diretora desabafa: 'Injustiçada'

dleidy Rodrigues diz que não tem culpa do que aconteceu.

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A diretora da Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, Edleidy Pereira dos Santos Rodrigues, disse que se sente "injustiçada" por ter sido afastada da função após o vazamento de um vídeo que mostra detentos usando drogas e bebendo em uma "festa" dentro da unidade prisional. A servidora diz que entende o posicionamento, mas discorda dele. A cadeia, situada em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, é o local onde ocorreram duas das três rebeliões na última semana, deixando nove mortos.

Em entrevista por mensagens de áudio à TV Anhanguera, Edleidy afirmou que não se sente culpada pelo que ocorreu e que não há nada que desabone sua conduta ao longo dos oito anos que atua no sistema prisional. No entanto, afirmou estar chateada por terem "colocado sua índole em cheque".

"Culpa é uma palavra que não faz parte do meu vocabulário. A palavra mais acertada, que melhor se encaixaria hoje na situação que vivencio é injustiça. Estou me sentindo injustiçada. Tenho plena convicção que ao término da investigação, que vai se apurar os fatos e vai se chegar ao resultado final onde, de fato, será extraído o que realmente aconteceu, como aconteceu e quais as circunstâncias de como aconteceu”, afirmou.

Segundo apurou a TV Anhanguera, o vídeo foi gravado na unidade. Já a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) diz que as imagens são periciadas, mas que “fortes indícios” de que o local que aparece no registro é a Colônia.

A servidora não soube precisar quando o vídeo foi gravado. Nele, é possível ver presos em uma fila para usar cocaína. Em seguida, eles cantam parabéns. De acordo com os agentes prisionais, era a comemoração do aniversário do líder de uma facção criminosa que havia bancado a confraternização. Vários presos seguram copos de bebidas.

Sobre as imagens, Edleidy afirmou que nem ela ou seus agentes tinham conhecimento da festa, mas admitiu que este tipo de evento "não é uma situação atípica", pois ocorre constantemente não só em presídios de Goiás, mas também em todo o Brasil. Ela ponderou ainda que os servidores se doam ao "dão o máximo" para inibir esse tipo situação.

Em relação à primeira rebelião ocorrida na unidade, no dia 1º de janeiro, que deixou nove mortos e 14 feridos, ela afirmou que, com a estrutura que possui, seria impossível conter o motim.

"No dia do ocorrido, que foi a rebelião, estava com cinco agentes de plantão sendo que um estava no hospital e com quatro agentes é humanamente impossível controlar esse tipo de situação. Na verdade, a gente trabalha como heróis. Sabemos que nossa estrutura é inadequada, relativo ao baixo efetivo que é um fato que também compromete bastante a segurança", afirma.

Com relação a falta de estrutura, a assessoria da DGAP informou que o governo autorizou a contratação de 1,6 mil vigilantes temporários e que 700 já foram chamados e aguardam a parte burocrática para começar a trabalhar.



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