Assassinato de 12 mulheres em Goiânia alimenta boato sobre serial killer e gera força-tarefa da polícia

Assassinato de 12 mulheres em Goiânia alimenta boato sobre serial killer e gera força-tarefa da polícia

Jovem foi assassinada em março; 12 mortes foram em circunstâncias parecidas | Reprodução/Facebook
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Após uma sequência de assassinatos de mulheres em Goiânia, a Polícia Civil de Goiás decidiu criar uma força-tarefa com mais de dez delegados para apurar os crimes. Desde maio, 12 jovens foram mortas na cidade de forma parecida.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o delegado titular da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios, Murilo Polati, admitiu no último domingo (3) a possibilidade de os crimes terem sido cometidos pela mesma pessoa.

Até então, a ideia de um serial killer estava sendo tratada como boato pelas autoridades. A história começou no final de maio, com uma mensagem de voz no aplicativo WhatsApp.

O recado alertava que um "serial killer tem uma motocicleta preta e um capacete preto" e que ele teria matado mulheres nos setores jardim América, Sudoeste e Nova Suiça.

Junto com o áudio, circulou um suposto retrato falado do suspeito de matar a assessora parlamentar Ana Maria Victor Duarte, de 26 anos, na porta de uma lanchonete do Setor Bela Vista, no dia 14 de março.

12ª vítima provoca reação

O homicídio mais recente foi o de Ana Lídia de Souza, 14 anos, morta em um ponto de ônibus no último sábado (2), com dois tiros no peito. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a menina estava sozinha por volta das 14h quando um homem em uma moto disparou contra ela.

Em todas as ocasiões, um homem usando capacete, em uma motocicleta, se aproxima das vítimas em locais públicos e depois atira. Na maioria dos casos, o criminoso não leva nenhum objeto.

Um dia após a morte da adolescente, o governador de Goiás, Marconi Perillo, usou seu perfil no Twitter para defender a atuação da polícia local, alvo de críticas da população.

Para tranquilizar a população, a polícia do estado pede para os goianos não acreditarem nos boatos do WhatsApp, que foram replicados no Facebook. O superintendente da Polícia Judiciária da Polícia Civil de Goiás, delegado Deusny Aparecido Filho, negou que as informações divulgadas em redes sociais sobre um suposto serial killer sejam verdadeiras.

No final de semana, o delegado Murilo Polati afirmou que as investigações apontam que alguns crimes foram passionais e que em alguns casos houve envolvimento das vítimas com consumo ou tráfico de drogas. Ele também disse que criminosos podem estar se beneficiando da história para cometerem outros homicídios. “Nós não descartamos também que autores venham utilizando esse modo de agir inclusive para desviar a investigação", declarou.

A reportagem entrou em contato com a Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios e com a Polícia Judiciária da Polícia Civil, responsáveis pelas investigações, mas não teve a confirmação do número de suspeitos presos ou com mandados de prisão.

Mobilização

Parentes e amigos das vítimas se mobilizaram nas redes sociais em busca da resolução dos crimes. No Facebook, foi criada uma página em homenagem à Ana Maria Victor Duarte, morta em março. No dia 13 de abril, foi organizada uma manifestação em frente à superintendência da Polícia Federal em Goiânia.

No próximo sábado (9), haverá outra manifestação na cidade cobrando uma resposta das autoridades em relação à falta de segurança na capital. O evento conta com mais de 29 mil pessoas confirmadas e traz a suposta lista das vítimas.



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