Beira-Mar: medo de jurados provoca mudança no local do julgamento

O criminoso é acusado de ter planejado e ordenado dois homicídios e uma tentativa de homicídio de dentro do presídio de Bangu I, onde estava preso

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Na próxima terça-feira, o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, vai voltar, ao mesmo tempo, ao banco dos réus e ao Rio de Janeiro. O criminoso é acusado de ter planejado e ordenado dois homicídios e uma tentativa de homicídio de dentro do presídio de Bangu I, onde estava preso na época do crime, 27 de julho de 2002. O julgamento, que era para ser realizado na 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias, foi transferido para o Tribunal de Justiça do Rio após componentes do júri terem relatado ao juiz que tinham medo de participar da sessão.

Em decisão do dia 17 de julho do ano passado, o desembargador Valmir de Oliveira Silva, da 3ª Câmara Criminal, acatou o pedido do juiz Paulo Rodolfo Maximiliano Torres, de Duque de Caxias. ?Há provas fundadas da influência do acusado no município, em razão do poder intimidatório que ele desperta em Duque de Caxias por integrar uma organização criminosa e ser acusado de vários crimes contra a vida. O temor que toma conta dos jurados é compreensível?, argumentou o magistrado.

A sessão, agora, vai ser realizada com outro júri e a magistrada responsável pela decisão será a juíza Elizabeth Machado Louro.

O motivo do crime foi um acerto de contas dentro da própria quadrilha de Beira-Mar. Antonio Alexandre Vieira Nunes e Edinei Thomaz Santos faziam parte do bando do criminoso e foram executados a mando do traficante dentro da favela Beira-Mar, em Duque de Caxias. Adailton Cardoso de Lima conseguiu sobreviver. Segundo ligações telefônicas interceptadas pela polícia na época, as três vítimas teriam executado três pessoas sem autorização de Beira-Mar.

O traficante, que foi transferido para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, em setembro do ano passado, estará presente na sessão plenária. Procurado para dar mais detalhes sobre o translado do criminoso até o Rio, o Departamento Penitenciário do Ministério da Justiça não respondeu às ligações da reportagem.



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