Bruno e Macarrão passam noite no presídio Bangu 2

Suspeitos de matar ex-amente do goleiro devem ficar presos no Rio de Janeiro por 30 dias

Bruno e Macarrão ao chegarem a delegacia de BH | Divulgação
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O goleiro Bruno e seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, passaram a madrugada desta sexta-feira (27) no presídio de Bangu 2, na zona oeste do Rio de Janeiro. Os dois foram transferidos da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, Minas Gerais para o Rio na quinta-feira (26) para participar da audiência sobre o processo em que são acusados pelos crimes de sequestro, cárcere privado e lesão corporal contra Eliza Samudio, em outubro de 2009.

Bruno e Macarrão ficaram em celas separadas, isolados dos outros detentos, e não poderão receber visitas. Eles devem ficar no Rio de Janeiro por 30 dias, prazo no qual os depoimentos sobre o caso devem ser encerrados.

A dupla chegou ao fórum de Jacarepaguá, onde aconteceram os depoimentos, às 11h58 de quinta-feira. Das cinco testemunhas arroladas, quatro foram ouvidas e uma dispensada. Segundo o promotor Eduardo Paes, os depoimentos, principalmente o da ex-delegada Maria Aparecida Mallet e da estudante Milena Barone Fontana, amiga de Eliza, apresentam provas contundentes de que ela foi vítima de agressões.

No depoimento, a ex-delegada afirmou que Eliza disse que foi levada para o condomínio Varandas da Barra da Tijuca, onde morava o jogador, e lá foi obrigada a tomar comprimidos e líquidos. Segundo Maria Aparecida, a jovem teria dito que concordaria em fazer o aborto desde que a deixassem ir embora.

Depois de tomar os remédios, Eliza afirmou ter dormido e, horas depois, deixou o condomínio em um táxi e foi para a delegacia fazer uma queixa, de acordo com o relato da delegada. No posto policial, a jovem afirmou ainda que conheceu Bruno em um churrasco, passou a manter contato com ele e, em seguida, engravidou. Eliza afirmou ainda que, na hora do suposto sequestro, Bruno e Macarrão disseram que iam matá-la caso ela não concordasse em fazer o aborto.

Já Milena Barone Fontana, amiga de Eliza Samudio, contou que Eliza lhe disse que, durante o sequestro no ano passado, que Bruno e seus amigos teriam atirado álcool no corpo dela, puxado o seu cabelo, agredido fisicamente e feito xingamentos.

Milena solicitou que Bruno e Macarrão fossem retirados da sala antes de seu depoimento, pedido que foi acatado pelo juiz.

Os depoimentos terminaram, por volta das 18h. Depois disso, Bruno e Macarrão foram levados para Bangu 2.

Esta foi a primeira audiência de instrução e julgamento do processo em que são acusados de sequestro e lesão corporal contra Eliza, em outubro de 2009.

A defesa de Bruno indicou oito testemunhas, entre as quais três foram afastadas pelo magistrado. A presidente do Flamengo, Patricia Amorim, o diretor-executivo de futebol do clube Zico, o técnico campeão brasileiro pelo time Jorge Luis Andrade da Silva, o Andrade, o goleiro Paulo Victor Mileo Vidotti e Christian Chagas Tarouco serão ouvidos.

O juiz recusou o pedido de convocação de Quaresma a Eliza Samudio, o jogador Adriano e a Vagner Love. O magistrado entendeu que "provas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias podem ser indeferidas".

As testemunhas indicadas pela defesa de Macarrão são: Luiz Carlos Samudio, pai de Eliza, Milena Baroni Fontana, o jogador Leo Moura, Fabiana Albuquerque, Cíntia Moraes, Amanda Zampiere, o jogador Rodrigo Alvim e Álvaro Luiz Maior de Aquino, ex-zagueiro do Flamengo.

A prisão preventiva dos dois foi decretada no dia 8 de julho. Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, Bruno agrediu Eliza física e psicologicamente, em 2009, exigindo que a ex-amante fizesse um aborto. Na época, Eliza estava grávida de cinco meses e tentava provar na Justiça que Bruno era o pai da criança.



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