Caso Profª Adriana: Suspeito vai a júri popular e defesa alega inocência

O crime ocorreu em 2014, no caminho para a Comunidade Corredores, na zona rural de Campo Maior.

Caso Profª Adriana: Suspeito vai a júri popular e defesa alega inocência | Reprodução
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Francisco de Assis Vasconcelos, suspeito de assassinar a professora Adriana Tavares Vale, irá a júri popular no próximo dia 9 de junho, na Comarca de Campo Maior. O crime ocorreu no dia 22 de outubro de 2014,  no caminho para a Comunidade Corredores, na zona rural de Campo Maior, região Norte do Piauí. As informações são  do portal Campo Maior em Foco.

De Assis chegou a se apresentar na Delegacia de Campo Maior dois dias após o crime, mas não ficou preso por ser véspera da eleição daquele ano e a lei eleitoral veda prisões sem ser em flagrante até 5 dias antes do pleito eleitoral. Depois disso, a justiça determinou a prisão, mas somente em agosto de 2018 ele foi preso na cidade de Sorriso, a 420 km de Cuiabá-MT.

Caso Profª Adriana: Suspeito vai a júri popular

Advogado defende inocência do suspeito

O advogado Décio Mota defende a inocência de Francisco de Assis. Ele concedeu uma entrevista exclusiva ao Em Foco nesta quinta-feira em seu escritório e disse que está confiante na absolvição de seu cliente.

O jurista argumenta que o processo é complexo, mas dentro de um processo criminal existe uma série de regras e princípios que devem ser seguidos e, no caso do De Assis, não foram.

Segundo ele, as provas inseridas no processo deixam dúvidas e não há provas concretas de que o réu cometeu o crime, ou seja, no bojo do processo não teria evidências contundentes contra o réu.

O advogado Décio Mota defende a inocência de Francisco de Assis

De acordo com Dr. Décio, o suspeito não fugiu do Piauí e sua ida para outro Estado foi para buscar um local seguro, porque estava correndo risco de vida, visto que ele foi quase linchado quando se apresentou na delegacia. “Ele buscou trabalho, o endereço permaneceu o mesmo, ele nunca recebeu nenhuma intimação e a decretação de sua prisão foi feita à revelia” argumenta a defesa.

Por fim, Décio Mota disse que acredita nos seus argumentos para que o júri absolva o réu e citou que o suspeito era um bom marido, um bom pai e passava por um processo de separação, que levou a ter problemas psicológicos, inclusive fazendo uso de medicação controlada.

“Mesmo depois que saiu do Piauí com medo de ser linchado, permaneceu mandando pensão para o filho aqui no Piauí. Quem tem maldade no coração, não tem essas condutas. Ele vive tomando remédios controlados, tendo transtornos psicológicos”, alega a defesa. Dr. Décio encerrou a entrevista revelando a argumentação que fará no dia do julgamento. “Trabalhamos para demostrar que não existe autoria do De Assis sobre o ato criminoso e também para mostrar que se o júri entender que existe responsabilidade, essa responsabilidade foi praticamente conduzida por um transtorno sociológico, onde ele perdeu a racionalidade e a capacidade perfeita do que estava acontecendo”, finalizou.

O crime

A professora Adriana Tavares foi assassinada no início da tarde do dia 22 de outubro de 2014 quando voltava, em uma motocicleta, da escola Regina Maria Bona, onde trabalhava, no Reassentamento Corredores, na zona rural de Campo Maior. Ela seguia na companhia da colega de trabalho, a professora Maria das Dores Campos, esposa do suspeito, mas em processo de divórcio. De Assis não estaria aceitando a separação.

Segundo a polícia, De Assis seguiu as duas professoras e na altura da Fazenda Campinas conseguiu acompanha-las e, com o pé, conseguiu que as duas se desequilibrassem da moto e cair. Adriana foi morta a pedradas e pauladas e Maria Das Dores foi furada com uma tesoura, mas conseguiu sobreviver.

Procura em rede nacional 

A família de Adriana Tavares chegou a oferecer uma recompensa para quem desse pistas de onde o suspeita estava. Uma matéria em rede nacional na TV Record foi decisiva para a localização de Francisco de Assis no estado do Mato Grosso. O mesmo acabou preso e transferido para a Penitenciária Regional José Arimateia Barbosa Leite, na cidade de Campo Maior, onde permanece preso desde então.



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