Com 24 homicídios, quadrilha que matava só por “olhar torto” ordenava execuções por telefone

Suspeitos mostravam armas e dinheiro na web, segundo investigação.

Um dos integrantes da quadrilha dos matadores. | Reprodução
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Uma cidade aterrorizada pelos ataques. Em Trindade, região metropolitana de Goiânia, 24 pessoas foram executadas pela quadrilha nos últimos meses . Até agora, seis homens foram presos, mas a quadrilha de matadores é muito maior ? 14 ainda estão foragidos. A polícia vinha monitorando o bando havia oito meses e descobriu que, além de eles se exibirem na internet publicando fotos com armas e dinheiro, eles ainda encomendavam mortes por telefone.

?Chegou a um ponto em que só de olhar torto para alguns [membros] da quadrilha já era motivo para querer matar, ou seja, a reafirmação de poder, a vaidade, e querer dizer que aqui na cidade quem mandava na bandidagem eram eles?, disse a delegada da Polícia Civil, Sabrina Miranda.

Pela investigação, os policiais descobriram que todos na quadrilha tinham uma função. Élcio Divino, por exemplo, era quem fornecia as armas. Já Rafael Laureano, considerado o mais perigoso pela polícia, teria matado sozinho 10 pessoas. Nas redes sociais, Laureano aparece em fotos exibindo armas e muito dinheiro.

Escutas telefônicas mostram o chefe do bando, Romerson Silva, dando ordens, mesmo preso na penitenciária. ?É pra matar mesmo, é para matar, para deixar ninguém [sic]?, disse Romerson de acordo com o áudio ao qual a polícia teve acesso.

Em outro momento, Rafael contabiliza dos ataques. ?Uai, nós tá fazendo uma limpa, mano! Numa ação que nós foi de a pé, nós desceu, os cara tava no bar, nós desceu de a pé e catou três. Catou dois cara e uma mulher no bar [sic]?, falou.

Mesmo procurados pela polícia, eles não faziam questão de se esconder. Nas gravações, eles aparecem conversando com uma pessoa ainda não identificada. Essa pessoa diz a Rafael que há lugares onde ele não pode ir. Rafael responde: ?Uai, veio, é o seguinte: nós tá indo em qualquer lugar, na cara dura mesmo [sic]? e dá risada.

Para a delegada Sabrina Miranda, há provas judiciais ?de sobra? para que todos sejam condenados.



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