Comerciante é preso após amarrar e espancar quilombola no RN; vídeo

Alberan de Freitas Epifânio, 52 anos, foi detido após um mandado expedido pela Justiça

Comerciante é presos após amarrar e espancar quilombola no RN; vídeo | reprodução
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Um homem quilomboa foi amarrado e espancado no último sábado, no meio da rua, em uma ação registrada por vídeo. O acusado é o comerciante Alberan de Freitas Epifânio, 52 anos.

Na tarde de sexta-feira (17), o comerciate teve a prisão preventiva expedida pela Vara Única da Comarca de Portalegre. Epifânio é apontado como autor do crime de tortura contra Francisco Luciano Simplício, morador da Comunidade Quilombola do Pega.

De acordo com a investigação, vítima e agressor tiveram uma discussão. Ofendido, o Simplício jogou uma pedra na porta do comércio de Epifânio, o que provocou dano material. Em seguida, o comerciante iniciou a sessão de agressões.

A Polícia Civil informou que Simplício foi submetido "à violência e grave ameaça, a intenso sofrimento físico e mental, como uma forma de aplicar-lhe castigo pessoal ou medida de caráter preventivo".

As agressões foram realizadas com a ajuda de uma terceira pessoa. Trata-se de André Diogo Barbosa Andrade, de 41 anos. Ele está foragido da Justiça do Rio Grande do Norte.

Andrade e Epifânio usaram uma moto para alcançar o quilombola, que havia corrido do local. A dupla derrubou a vítima e começou a dar chutes. Em seguida, o comerciante pegou uma corda e amarrou Simplício com as mãos e pés para trás, imobilizando-a completamente.

A vítima foi chicoteada e recebeu chibatadas por diversas vezes. A sessão de tortura durou cerca de 30 minutos.

Testemunhas relataram que Simplício foi deixado no local muito debilitado, "expelindo sangue, com marcas pelo corpo e apresentando dificuldades até mesmo para andar, tendo sido necessário duas pessoas para conduzi-la ao atendimento médico". As agressões também foram constatadas na perícia.

A violência empregada contra Simplício causou indgnação. Por meio de nota, a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) cobrou a apuração dos fatos por parte das autoridades públicas e o acompanhamento da vítima por serviços de assistência jurídica, social e psicológica.

Com informações do O Globo.



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