Contador é indiciado por quebra de sigilo fiscal da filha de Serra

Ele deixou o local por volta das 13h30 sem falar com a imprensa

Após três horas, Atella deixa sede da PF | G1
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O contador Antonio Carlos Atella Ferreira foi indiciado nesta quarta-feira (22) no inquérito que apura a quebra de sigilo fiscal e o uso de documento falso para obter dados da filha e do genro de José Serra. Inicialmante, a informação foi divulgada pelo advogado Alexandre Trindade, que defende Atella, quando ambos deixavam a sede da Polícia Federal em São Paulo. A assessoria da PF confirmou o indiciamento mas não deu detalhes do depoimento.

Atella chegou à PF por volta das 10h desta quinta. Ele deixou o local por volta das 13h30 sem falar com a imprensa. Segundo Trindade, ele foi indiciado pela suspeita de quebra de sigilo fiscal e de uso de documento falso. Além disso, ele confirmou que foi realizada acareação com outras pessoas ouvidas pela polícia, mas não deu detalhe. Ao menos três pessoas que tiveram suspeita de ligação com o caso estiveram na sede da PF.

Suspeito de ligação com o esquema de acesso a dados ilegais na unidade da Receita Federal em Mauá, Atella já depôs ao menos três vezes na PF. Ele já tinha prestado depoimento nos dias 3 e 10 deste mês.

Com uma falsa procuração, o contador Atella Ferreira retirou na Delegacia da Receita Federal em Santo André (SP) declarações de renda da filha do presidenciável José Serra (PSDB), Veronica Serra e do genro de Serra, Alexandre Bourgeois. Por lei, os dados fiscais dos contribuintes são protegidos por sigilo.

Outros depoimentos

Também estavam na PF no início desta tarde o office boy Ademir Estevam Cabral, o advogado Marcel Schinzari e Arão Queiroz, ambos apontados por Atella como ligados à solicitação de dados fiscais. O advogado Alexandre Trindade, que defende Atella, havia protocolado na quinta (16) um pedido de adendo de dois nomes ao inquérito sobre a quebra de sigilos na Receita Federal.

O objetivo dele era que a PF tomasse o depoimento de Queiroz e de Schinzari, que foi apontado por Atella como chefe de Ademir Estevam Cabral, de quem Atella disse ter recebido a falsa procuração de Veronica Serra.

Indiciamento

Com o indiciamento, Atella passa a ser formalmente considerado suspeito de ter praticado ato criminoso pela autoridade policial e será alvo do inquérito criminal no qual o Ministério Público se baseará para oferecer denúncia ao juiz.



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