Defesa de Alexandre Nardoni e Anna Jatobá não comenta decisão sobre ‘júri popular’

Os advogados do casal devem se reunir neste sábado para tratar do assunto

Defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá não comenta decisão sobre ‘júri popular’ | Divulgação
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A defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatob?, acusados da morte da menina Isabella, informou na manh? deste s?bado (1?) que n?o se manifestaria agora sobre a decis?o da Justi?a de S?o Paulo de submeter o casal a j?ri popular.

O advogado Ricardo Martins n?o adiantou qual a estrat?gia a ser adotada ap?s a decis?o do 2? Tribunal do J?ri de Santana, e limitou-se a dizer que a defesa continua trabalhando no caso.

Os advogados do casal devem se reunir neste s?bado para tratar do assunto. Eles podem recorrer da decis?o.

A decis?o foi tomada na sexta-feira (31) e mant?m os r?us presos at? o julgamento, cuja data ainda n?o foi marcada. Alexandre e Anna Carolina s?o acusados da morte da filha Isabella, de 5 anos. Os dois est?o presos em Trememb?, no interior de S?o Paulo. A menina teria sido jogada do sexto andar do Edif?cio London, onde a fam?lia morava, em 29 de mar?o de 2008.

O promotor Francisco Cembranelli disse que j? esperava pela determina??o. ?? uma decis?o que j? era esperada, o processo est? muito bem fundamentado?, disse. Entretanto, ele lembra que os advogados de defesa do casal podem entrar com um recurso.

?N?o acredito que eles consigam reverter essa decis?o?, disse. Entretanto, na vis?o do promotor, o casal deve ser julgado no pr?ximo ano. ?Se recorrerem, o julgamento s? ocorreria no segundo semestre de 2009. Sem ele, no in?cio do ano, at? mar?o?, disse.

Segundo o advogado, Sergey Cobra Arbex, especialista em direito criminal, o argumento anteriormente usado pela defesa do casal Nardoni de que a como??o popular interferiria no julgamento n?o ? suficiente. ?Precisa ter um fundamento legal. Esse argumento de como??o n?o ? v?lido, inclusive, porque iria p?r em xeque a legitimidade do j?ri?.

Entenda o j?ri popular

Como o pr?prio nome diz, o j?ri ? formado por representantes do povo, ou seja, pessoas que foram escolhidas aleatoriamente e que podem ter as mais variadas profiss?es, contanto que tenham 21 anos ou mais. Segundo o advogado Sergey Cobra Arbex, especialista em direito criminal, o j?ri popular julga crimes contra a vida, como assassinato e infantic?dio.

De in?cio, s?o selecionados 21 jurados. Entre eles, s?o sorteados apenas sete, que formar?o o chamado j?ri popular. Durante o julgamento, os membros do j?ri ouvem a defesa, a acusa??o e as testemunhas. Eles podem fazer perguntas ou at? pedir para rever as provas.

Ao fim do julgamento, o juiz pergunta aos jurados se todos entenderam tudo. ?Um jurado n?o pode ficar com d?vidas?, diz Arbex. Depois, os sete devem responder aos questionamentos do juiz, que geralmente dizem respeito ao acontecimento ou n?o do crime, ? identifica??o do autor e se o r?u ? culpado ou n?o, entre outras perguntas. Do in?cio ao fim do processo, os membros do j?ri permanecem incomunic?veis e s? est?o liberados ap?s o veredicto do juiz e o fim do julgamento.

O promotor Francisco Cembranelli apresentou den?ncia ? Justi?a em maio, acusando o casal pelo crime de homic?dio doloso triplamente qualificado e tamb?m por fraude processual (altera??o da cena do crime).

Segundo a vers?o da pol?cia, Isabella teria sido agredida no carro de Alexandre, antes de chegar ao apartamento. Convocada pela Promotoria, uma perita criminal confirmou, em depoimento na Justi?a, que o sangue encontrado no autom?vel era de Isabella. A defesa do casal nega a vers?o e sustenta que pai e madrasta n?o t?m qualquer envolvimento com o crime.



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