Defesa quer trocar juíza que comandará julgamento de Bruno

Na avaliação do defensor de Bruno, a juíza Marixa não é isenta para presidir as sessões de julgamento do ex-goleiro

Advogado do goleiro Bruno Fernandes, Lúcio Adolfo da Silva | Washington Alves/UOL
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O advogado do ex-goleiro Bruno de Souza, Lúcio Adolfo da Silva, afirmou neste sábado (24) que vai pedir a suspeição da juíza Marixa Rodrigues, que comandou o júri responsável pela condenação de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta.

Bruno é acusado pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio em 2010.

Na avaliação do defensor de Bruno, a juíza Marixa não é isenta para presidir as sessões de julgamento do ex-goleiro.

O advogado acusa a juíza de cercear a defesa dos acusados. Silva assumiu a defesa de Bruno na quarta-feira (21), após um tumultuado troca-troca de advogados, que culminou no adiamento do julgamento do ex-goleiro para março de 2013.

?O julgamento de Bruno começou no do Macarrão. Ficou parecendo que é o Bruno que foi julgado?, disse Silva.

O advogado disse que a condenação de Macarrão é prova de que os jurados não acreditaram na versão do réu, que incriminou no seu depoimento o ex-goleiro. "Assim, como acreditar que Bruno esteve envolvido", afirmou.

?Se ele tivesse sido julgado junto com Macarrão, provavelmente também seria condenado?, disse.

O advogado ainda afirmou que não vai falar sobre sua estratégia de defesa. "Só em 4 de março de 2013, no dia do julgamento".

Defensores culpam mídia

Os advogados de defesa dos acusados pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio culparam a opinião pública e a mídia pela prisão de seus clientes.

?Se não houvesse o apelo midiático, por causa do goleiro, o Marcos Aparecido dos Santos [o ex-policial conhecido como Bola] teria de 70% a 80% de chances de estar fora da cadeia?, afirmou o advogado Zanone Manoel de Oliveira Júnior.

Bola teve seu julgamento desmembrado do de Macarrão e vai ser julgado ano que vem com o ex-goleiro.

De acordo com a denúncia apresentada pelo promotor Henry Wagner Vasconcelos, o ex policial matou Eliza em seu sítio em Vespasiano, região metropolitana de Belo Horizonte, e foi responsável pelo desaparecimento do corpo.

Segundo o promotor, Bola teria fracionado o corpo, queimado e jogado as cinzas numa lagoa. Ele vai responder por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

?Bruno ainda está preso por causa da mídia. Se não fosse um fato dessa natureza [o ex-goleiro ser famoso], o STF (Supremo Tribunal Federal) já teria respondido ao habeas corpus?, afirmou o advogado Ércio Quaresma, que também defende Bola.

Há um pedido de habeas corpus tramitando no Supremo com pedido de habeas corpus para Bruno.

Zanone e Quaresma tentaram por diversas vezes, durante a semana do primeiro julgamento do caso Eliza Samudio, anularem as sessões que culminaram na condenação de Fernanda (cinco anos) e Macarrão (15 anos).



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