Delegado descarta buscas por restos mortais de Eliza em local indicado por carta em MG

Mensagem anônima baseada em sonho foi recebida pela mãe da modelo

Eliza Samudio | Divulgação
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O delegado Wagner Pinto, chefe do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPPI), informou nesta sexta-feira (29) que não serão realizadas buscas pelo corpo de Eliza Samudio no local indicado por uma carta anônima recebida pela mãe da ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes. "As buscas foram descartadas por causa de investigações preliminares que mostraram ser improcedente a informação", explicou.

A carta foi entregue à policia pelo advogado José Arteiro Cavalcante, que representa Sônia De Fátima Moura no processo sobre morte e desaparecimento da modelo, no dia 22 de junho. Durante uma semana, o delegado avaliou a possiblidade de novas buscas. De acordo com Wagner Pinto, em 2010, trabalhos foram realizadas nas proximidades do local indicado pela mensagem.

Carta

A carta foi recebida pela mãe da modelo no último dia 20 em Belo Horizonte, onde ela participou de um programa de televisão. No texto, a pessoa que não quis se identificar disse ter tido um sonho sobre a localização do corpo de Eliza Samudio.

Na carta, a pessoa relata um sonho que teve sobre a localização do corpo de Eliza Samudio. Leia trechos da carta:

"O ano passado eu também tive um sonho com o lugar onde a elisa havia sido jogada. Sonhei com o nome da rua e número, havia até uma passagem secreta que dava acesso ao poço onde ela foi jogada".

"No sonho eu vi uma rua sem saída onde há um convento de padres, sendo o poço propriedade dos padres e fica no meio de uma reserva florestal que é também propriedade desses padres. No meu sonho antes de chegar a esse local, eu passei primeiro por um colégio de nome Santa Maria, e poucos metros depois fica o convento, a reserva florestal e o poço grande e profundo. Para chegar a esse poço há uma passagem secreta com fios de arame farpado ao lado da floresta próximo ao convento".

A Província Carmelitana, que existe na rua indicada na carta, no bairro Planalto, Região Norte de Belo Horizonte, confirmou a existência de um poço no terreno. Segundo um dos alunos, o terreno não é cercado, e o poço pode ser acessado por uma mata que existe ao lado.

Relembre o caso

O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus vão a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.

Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.

O goleiro, o amigo Luiz Henrique Romão e o primo Sérgio Rosa Sales vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Sérgio responde ao processo em liberdade. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Eliza. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não há previsão de data para o julgamento do caso Eliza Samudio.



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