Dois ex-seguranças são condenados a 18 anos por morte de ganhador da Mega-Sena

Tribunal do Júri de Rio Bonito condenou, por 4 votos a 3 dos jurados, dois ex-seguranças acusados da morte de René Senna

Dois ex-seguranças são condenados no Rio | Reprodução
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Após mais de 72 horas de julgamento e o depoimento de 10 testemunhas, o Tribunal do Júri de Rio Bonito condenou, por 4 votos a 3 dos jurados, dois ex-seguranças acusados da morte de René Senna a 18 anos de prisão em regime fechado.

O julgamento terminou na madrugada desta quinta-feira (9), com a leitura da sentença por parte da juíza Roberta dos Santos Braga Costa, por volta de 3h.

Os advogados de defesa dos réus Anderson Silva Sousa, de 33 anos, e Ednei Gonçalves Pereira, 42, disseram que irão recorrer da sentença. Segundo o TJ, durante o julgamento, os dois acusados - presos há mais de dois anos - se declararam inocentes.

A promotoria informou que não há data ainda para os julgamentos de outros quatro acusados no caso e também da viúva de René Senna, Adriana Ferreira Almeida.

No terceiro dia do julgamento, a promotora Priscila Naegele Vaz, do TJ de Rio Bonito, defendeu a tese, na noite desta quarta-feira (8), que o assassinato do milionário não foi praticado por amadores. Segundo ela, Adriana Ferreira Almeida, viúva do milionário, contratou o ex-PM Anderson Silva de Sousa porque ela sabia que ele era um matador de aluguel.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), o outro acusado, o funcionário público Ednei Gonçalves Pereira, seria amigo de Anderson e parceiro dele no crime.

Em nota, o TJ reproduziu a fala de Priscila Vaz aos jurados: ?René foi morto com 52 anos de idade, com um tiro na nuca e três no rosto. Foi um crime covarde e bárbaro. Ele era lavrador de família humilde, e, assim que ganhou o prêmio, a primeira medida foi contratar seguranças e morar no Recreio com o irmão Miguel?.

Como foi o crime

René Senna, ex-trabalhador rural, ganhou R$ 52 milhões em um sorteio da Mega-Sena em 2005. De acordo com as investigações, Adriana Almeida seria a mandante do assassinato, e teria contratado ex-seguranças para matar o marido.

Renné foi assassinado a tiros em janeiro de 2007 na porta de um bar em Rio Bonito, Baixada Litorânea do Rio.

Segundo o delegado Ricardo Barbosa, as investigações apontam o ex-segurança Ednei Gonçalves Pereira como a pessoa que guiava a moto usada pelo assassino, e os policiais Ronaldo Amaral Oliveira e Marco Antonio Vicente como responsáveis por dar apoio aos criminosos em um carro. Janaína Oliveira Silva, mulher de Anderson Sousa e amiga de Adriana, teria ajudado no crime.

De acordo com a polícia, o crime teria sido motivado pelo medo da viúva de perder os 50% da fortuna do milionário. Quatro dias antes do crime, Renné, em consulta habitual ao gerente do banco, descobriu que Adriana havia sacado R$ 300 mil da conta conjunta do casal para comprar uma cobertura em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio.

Durante as investigações, policiais chegaram até o motorista de van Robson de Andrade Oliveira, que admitiu ser amante de Adriana, além de informar que a ex-cabeleireira planejava ir morar com ele na tal cobertura.



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