Eike vai à sede da Polícia Federal para prestar novo depoimento

12 pessoas investigadas na Operação Eficiência

FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O empresário Eike Batista chegou à sede da Polícia Federal do Rio, na Zona Portuária, na manhã desta quarta-feira (8) para prestar um novo depoimento. O advogado de Eike, Fernando Martins, afirmou que a orientação ao empresário é a mesma. No primeiro depoimento, na sede da PF, Eike ficou calado. Ainda assim, o advogado declarou que ele vai esclarecer todas as acusações. "Ele foi chamado a prestar depoimento e vai esclarecer todo o necessário", afirmou Fernando.

Nesta terça (7), a Polícia Federal concluiu o inquérito da Operação Eficiência, que resultou na prisão de Eike e outros suspeitos. Doze pessoas foram indiciadas na investigação que apura autoria e materialidade pela prática dos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva e organização criminosa. O relatório conclusivo do inquérito será encaminhado à Justiça, juntamente com todo o material produzido no decorrer das investigações.

Além de Eike, pelo menos, outros seis suspeitos de envolvimento com o esquema de corrupção durante o governo Cabral e presos nas operações Calicute, em novembro, e Eficiência, em janeiro, prestarão depoimento. Eike está preso na Penitenciária Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9, na Zona Oeste do Rio, desde o dia 30 de janeiro.

Também serão levados a depor o ex-secretário estadual de Obras do Rio, Hudson Braga; o doleiro Álvaro Novis; Ary Ferreira Filho, apontado como operador do ex-governador; o publicitário Francisco de Assis, o Kiko, e o empresário Flávio Godinho, braço-direito de Eike Batista na EBX, holding, e ex-vice-presidente do Flamengo.

De Eike, os investigadores entendem que ainda falta esclarecer alguns pontos da investigação. Há uma semana, no dia 31 de janeiro, o empresário esteve por mais de 4h prestando depoimento na PF. O seu advogado, Fernando Martins falou, na ocasião, que seu cliente não respondeu às perguntas e "que só falará diante do juiz".

Segundo Fernando Martins, Eike falou apenas que desconhecia a transferência de US$ 16,5 milhões a doleiros para serem repassados ao ex-governador Cabral.

Em depoimento, os irmãos Renato Hasson Chebar e Marcelo Hasson Chebar, operadores financeiros, desmentiram declaração dada por Eike Batista no ano passado de que jamais pagou propina ao ex-governador Sérgio Cabral.

Segundo os delatores, em 2010 Renato foi orientado a viabilizar o pagamento dos US$ 16,5 milhões a Cabral. Flávio Godinho, advogado considerado o braço direito de Eike, orientou Renato a fazer um fazer contrato de fachada entre as empresas Arcádia Asociados S.A., de propriedade de Renato, e a Centennial Asset Mining Fund LLC, de Eike Batista. Para justificar o repasse, os operadores disseram que mediaram a compra de uma mina de ouro pelo Grupo X.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES