Elize “batizou” cobra que criava em prédio onde marido foi morto

Ela provocou pavor na prima de Marcos ao retirar jiboia banheira e carregá-la no braço.

Elize matou e esquartejou o marido executivo. | Reprodução
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?Vocês conhecem a Gigi?? Foi assim, como quem se refere a um cãozinho de estimação, que Elize Matsunaga ?apresentou? a jiboia que criava aos padrinhos do seu casamento com o executivo da Yoki Marcos Matsunaga. O réptil viveu por quase dois anos na cobertura triplex do casal, na Vila Leopoldina, zona oeste da capital paulista, o mesmo imóvel onde Elize matou e esquartejou o marido após descobrir uma traição conjugal.

Ela, o empresário e os padrinhos haviam terminado de jantar no apartamento, quando Marcos decidiu levar os convidados até o quarto onde, na época, guardava sua coleção de armas ? uma pequena parte pertencia à esposa. A intenção era exibir o fuzil AR-15 mencionado durante a refeição, além de outras peças do arsenal. Enquanto o empresário retirava os estojos de dentro do armário, Elize falou de Gigi, aguçando a curiosidade da convidada, prima do executivo, que mais tarde viria a ser também madrinha da filha do casal.

A mulher então indagou:

? Gigi? Eu não vi cachorro latindo.

Ao perceber que Elize entrava no banheiro, ela prosseguiu:

? Onde está a Gigi?

Logo depois de ouvir como resposta ?na banheira?, a prima de Marcos levou um susto. Ela ficou apavorada ao se deparar com Elize, carregando tranquila, a jiboia no braço.

? Ela é mansinha, vem mexer.

Diante da recusa da convidada, Elize Matsunaga decidiu retornar com Gigi para a banheira, que ?ficava fechada, com um monte de adesivo?, segundo relatou a prima do empresário à Justiça, em depoimento ao qual o R7 teve acesso. Durante audiência de instrução do processo sobre o assassinato do executivo da Yoki, a prima da vítima confidenciou:

? Eu quase morri do coração. Eu odeio cobra.

Em julho do ano passado, uma pessoa que frequentava o apartamento do casal Matsunaga conversou com a reportagem e falou sobre o apego de Elise pela cobra.

Segundo contou, a bacharel em direito costumava, ela mesma, comprar camundongos para saciar o apetite da jiboia de estimação. Certa vez, quando transportava uma caixa com os ?petiscos?, precisou fazer uma freada brusca e os roedores correram soltos pelo interior do carro dela.

Ainda segundo este frequentador da casa, Elize chegou a registrar, em vídeo, a cobra se alimentando. ?Uma cena horrorosa?, na opinião dele, mas cheia de beleza e graça para o casal.

Além de exibir a imagem aos amigos, Elize gostava de mostrar as dezenas de fotografias que tinha do réptil. Quando esse frequentador do apartamento do casal conheceu Gigi, o animal já era mantido em um viveiro de vidro, colocado no terceiro andar da cobertura.

O amigo confirmou que Elize apreciava o contato com a serpente. Costumava pegá-la e, algumas vezes, chegava a enrolá-la no pescoço para mostrar o temperamento manso do animal, assim como tentou fazer diante da prima de Marcos. De acordo com ele, Gigi era legalizada.

A temporada da jiboia no triplex da rua Carlos Weber se encerrou com a gravidez de Elize. Ainda que apegada ao réptil, ela quis se desfazer dele antes do nascimento da filha. Na época, Marcos não gostou da ideia, mas, mesmo a contragosto, aceitou.



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