Ex-PM é preso suspeito de torturar e manter amante e filho

A amante disse ser vítima de maus tratos há 17 anos.

Pm acusado de agredir amante e filho | Globo.com
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Um ex-policial militar foi preso na noite de quarta-feira (14) em Arujá, na Grande São Paulo, por suspeita de torturar e manter em cárcere privado a amante e um de seus dez filhos. Ele mantinha duas famílias, uma com quatro e outra com seis filhos. A amante disse ser vítima de maus tratos há 17 anos.

?Ele batia em mim, quebrou os dentes da frente, batia muito nas crianças, mas muito mesmo?, contou a mulher, que não quis se identificar.

O filho mais velho dos dois fugiu de casa no mês passado. Ele contou que era forçado a trabalhar até 16 horas por dia e que foi torturado várias vezes pelo pai. ?Ele dava choque, batia com cabo de aço, mangueira de borracha, madeira, qualquer coisa?, disse o adolescente de 17 anos.

Ele foi para a casa de uma tia, onde ficou escondido. ?Ela [a mãe do adolescente] me ligou pedindo ajuda para fugir com os dois filhos dela e esse menino que está comigo?, contou a tia do rapaz, Francisca Neuma de Oliveira.

O jovem e a mãe foram na noite de quarta à delegacia e denunciaram o homem. Benedito Cardoso foi levado por policiais militares para o distrito policial e preso por cárcere privado, ameaça, tortura, serviço escravo e violência doméstica.

Ele mantinha a amante e os quatro filhos que teve com ela em uma casa bem próxima à chácara onde vivia com sua mulher e outros seis filhos. No local, a PM encontrou uma cadeira de rodas e uma foice que teriam sido usadas para torturar o rapaz. O homem nega todas as acusações.

?Sou inocente, amo meus filhos, quero o melhor para eles. Todo pai dá corretivo nos filhos. É normal. Se todos fossem assim, as cadeias não estariam lotadas?, disse Cardoso.

O delegado responsável pelo caso decidiu mantê-lo preso. ?O relato é extremamente gravíssimo, até pelas lesões aparentes. Ele tem duas esposas, está havendo uma divisão de informações. Estamos acreditando primeiro na que está acusando e que veio aqui na delegacia?, disse o delegado José Humberto Xavier.



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