Ex-promotor acusado de matar mulher grávida pode se livrar de pena por aborto

No total, ele foi condenado a 20 anos e 4 meses pela morte a tiros da mulher

Promotor preso por matar mulher grávida | Divulgação
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O ex-promotor Igor Ferreira da Silva, condenado por matar a mulher grávida e foragido desde 2001, pode se livrar de parte da pena, segundo a procuradora de Justiça Valderez Deusdit Abbud, responsável pela acusação, ele foi condenado a cerca de três anos de prisão pelo crime de aborto. Entretanto, o crime foi cometido há 11 anos ? e penas de até quatro anos perdem a validade em oito.

O ex-promotor foi preso na segunda-feira (19) na Zona Leste de São Paulo. No total, ele foi condenado a 20 anos e 4 meses pela morte a tiros da mulher, Patrícia Aggio Longo, em 1998, e dois anos depois por porte ilegal de armas. Ela estava grávida de sete meses. O crime aconteceu em Atibaia, a 60 km de São Paulo.

Na terça-feira (20), Igor foi transferido para o presídio de Tremembé, a 147 km de São Paulo. O ex-promotor culpa um ladrão que, segundo ele, abordou sua mulher na rua. Segundo ele, Patrícia Aggio Longo foi então sequestrada e morta. Ela levou dois tiros na cabeça. A Procuradoria, no entanto, acusou o promotor de ter matado a mulher. Um teste de DNA realizado mostrou que o bebê não era filho de Igor.

Em 2006, o Órgão Especial do TJ decretou a perda do cargo de promotor. O mandado de prisão do ex-promotor tinha validade até 17 de abril de 2021.

Versões

Questionada pelos jornalistas, Valderez negou saber do paradeiro do ex-promotor nos últimos 8 anos e disse que ?não tem a menor repercussão no cumprimento da pena? o fato de ele ter se apresentado sozinho à polícia ou não. Ao deixar a delegacia na noite de segunda-feira, Igor falou rapidamente à imprensa: ?eu me apresentei?.

Procurado para comentar o assunto, o delegado seccional Nelson Guimarães afirmou ainda na segunda que a história de que Igor se entregou foi inventada e que ele, na verdade, havia sido preso.

?A delegada colocou inicialmente ?apresentação espontânea?, mas depois corrigiu [e pôs que Igor foi preso]?, disse o seccional. ?O delegado titular fez um adendo [colocando que o ex-promotor foi preso e não apresentado] ao primeiro boletim de ocorrência.?

De acordo com Guimarães, essa mudança e adendo no boletim foi que gerou toda a confusão. Para a polícia, o ex-promotor foi preso após uma denúncia anônima. Igor foi transferido na tarde desta terça-feira (20) do 40º Distrito Policial de São Paulo, na Vila Santa Maria, para o presídio de Tremembé, a 147 km da capital paulista. Ele deixou a delegacia às 13h50.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES