Falso entregador acusado de matar Renan já tinha 10 passagens pela polícia

O primeiro ato infracional realizado pelo criminoso que nasceu em 10 de maio de 1998 foi em 9 de janeiro de 2011, quando ele tinha apenas 12 anos.

Falso entregador | Reprodução
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Acxel Gabriel de Holanda Peres, de 23 anos, falso entregador acusado de matar o jovem Renan Silva Loureiro, de 20 anos, no último dia 25 de abril durante um assalto na zona Sul de São Paulo, já possuí ao menos 10 passagens pela polícia, a maioria por crimes registrados quando era menor de idade. 

De acordo com informações da Polícia Civil, o primeiro ato infracional realizado pelo criminoso que nasceu em 10 de maio de 1998 foi em 9 de janeiro de 2011, quando ele tinha apenas 12 anos. O menor em companhia de outro adolescente foi flagrado por policiais em uma motocicleta sem placa e sem números de chassi e motor. 

A abordagem aos menores ocorreu também na zona Sul de São Paulo. Na época, os adolescentes não foram apreendidos porque, segundo a polícia, não colocaram a vida de ninguém em risco.

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Todas as ocorrências policiais envolvendo a participação de Acxel aconteceram na zona sul da capital. Em 9 de maio de 2011, na véspera de seu aniversário, ele e outros dois adolescentes foram parados por PMs na rua das Pérolas, na Vila Fachini. O trio ocupava um Gol roubado três dias antes no limite da zona sul da Capital com o município de Diadema. Os adolescentes foram conduzidos ao 97º DP. O dono do automóvel foi chamado à delegacia e reconheceu os autores do crime. Como ele não sofreu violência, os menores foram liberados.

Em 11 de dezembro de 2011, Acxel foi acusado por receptação de moto roubada. Ele já tinha 13 anos e foi surpreendido ocupando o veículo na avenida Fulfaro, em Cidade Ademar. Na delegacia, o infrator contou que a motocicleta era de um amigo e que ambos iriam vendê-la por R$ 540,00. 

As idas e vindas de Acxel às delegacias, sempre conduzido por PMs, não o intimidavam. Policiais militares o flagraram novamente pilotando moto roubada em 15 de setembro de 2012. A abordagem dessa vez foi feita na rua Luís Palés Matos, na Vila Fachini. 

A motocicleta foi roubada no dia 12 de setembro e estava sem a placa. O garupa conseguiu escapar ao cerco policial. Acxel, o piloto, foi apreendido. Porém, como a vítima do assalto não reconheceu o autor do ato infracional, o menor teve de ser liberado de novo.

CLÍNICO GERAL

O então adolescente Axcel passou a ficar conhecido dos policiais do 97º DP, 26º DP (Sacomã) e 35º DP (Jabaquara) e era chamado de "clínico geral", porque praticava várias modalidades de atos infracionais, como furto, roubo, receptação e porte de arma.

No final da tarde de 30 de outubro de 2014, policiais militares foram checar uma denúncia anônima na Travessa dos Colonos, 100, no Jabaquara, sobre um desmanche, e deram de cara com Acxel e outros dois adolescentes desmontando duas motos. Nenhum dos infratores ficou apreendido. 

Em um dos roubos, praticado em 9 de julho de 2015 na avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, Jabaquara, Acxel agiu com um menor, mas só ele foi reconhecido pela vítima. No 35º DP, o infrator foi entregue para a mãe dele, após assinatura de um termo de compromisso. Mulheres também foram vítimas de Acxel. Segundo a Polícia Civil, uma delas teve a bolsa furtada no hospital em 3 de setembro de 2015. O menor infrator foi perseguido por PMs na rua Lagoa dos Salgueiros, na região do Jabaquara.

O assaltante pulou o muro de uma residência, subiu no telhado de uma garagem e caiu ao pular para outra casa. Os PMs o abordaram e o conduziram para o 26º DP. Acxel foi entregue à mãe dele outra vez, com o compromisso de se apresentar à Vara da Infância e da Juventude. Acxel havia completado recentemente a maioridade em 15 de maio de 2016, quando policiais militares o flagraram pilotando uma motocicleta no Jabaquara. O condutor não tinha carteira de habilitação. O licenciamento do veículo estava atrasado. Mesmo assim ele foi entregue à mãe dele no 26º DP.

Outra denúncia anônima levou policiais militares à casa dos avós de Acxel em 31 de julho de 2017, no Jabaquara. A informação era a de que o rapaz guardava armas e munição em casa. No quarto dele, em cima da cama, foram apreendidos quatro projéteis de pistola 380 e um de revólver calibre 32. 

Os PMs deram voz de prisão para Acxel e o levaram para o 26º Distrito Policial. Ele foi autuado em flagrante por manter sob sua guarda munição de uso permitido, mas em desacordo com determinação legal. O assaltante foi solto após o pagamento de fiança no valor de R$ 1.000,00.

Os dias de liberdade de Acxel terminaram no último dia 29, quando ele se entregou à polícia após ser identificado como o assaltante que roubou e matou o jovem Renan. O falso entregador é acusado agora por latrocínio (roubo seguido de morte). 



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