“Foi vontade de Deus”, diz pai que confessou ter matado própria filha

Homem foi transferido para o Centro de Detenção Provisória de Viana. Assassinato aconteceu neste domingo (16), em Nova Rosa da Penha

Wanderson Cravo diz que não está arrependido de ter matado a filha | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Antes de ser transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Viana, Espírito Santo, Wanderson Cravo Vaz, o Naninho, 31 anos, afirmou que não está arrependido de ter assassinado a própria filha.?Ele disse que havia ?feito a vontade de Deus??, contou o delegado Adroaldo Lopes, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM). Assassinato aconteceu neste domingo (16), em Nova Rosa da Penha, em Cariacica, Grande Vitória.

O delegado informou que vai ouvir, nesta terça-feira (18), a mãe de Layza, Elaine Rocha, 26 anos, para tirar algumas dúvidas acerca do crime. O inquérito deve ser entregue em 10 dias à Justiça. ?Aguardamos esses últimos depoimentos e o resultado de alguns exames da perícia. Queremos saber, por exemplo, se o sangue encontrado na roupa do pai era da menina?, afirmou Lopes.

Homenagem

Escola de portas fechadas, professores emocionados, moradores perplexos e um grande número de crianças presentes no enterro da pequena Layza Rocha Vaz, 8 anos, morta a golpes de faca pelo próprio pai. A mãe, Elaine Rocha, 26 anos, e os três irmãos foram medicados para conseguir acompanhar o sepultamento, que aconteceu nesta segunda-feira (17). As aulas retornaram ao horário normal, segundo a coordenação, nesta terça-feira (18).

O pai da criança, Wanderson Cravo Vaz, 31, foi encaminhado, para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Viana. A Escola de Ensino Fundamental Zaíra Manhães de Andrade, onde Layza estudava o 3º ano, prestou uma homenagem à menina com uma faixa no portão principal da escola. ?A Layza estudava aqui desde o 1º ano. Ela era uma criança muito carinhosa, esperta e carismática. Todos os dias, na hora da saída, dava um beijo na professora e depois no diretor. Suspendemos as aulas porque o clima era de imensa tristeza entre funcionários e os poucos alunos que compareceram?, observou a coordenadora, Elizabeth Santana.

A coordenadora contou que a mãe de Layza estava sempre em contato com a escola, ia buscá-la e andava constantemente acompanhada dos filhos. Para uma vizinha da família de Layza, o que aconteceu foi um absurdo. ?Isso não é um pai e não é coisa de Deus. Até meus filhos que brincavam com ela ficaram assustados?, disse a moradora Elizabete Pimentel, 25 anos.

Família

Visivelmente atordoada e sob efeitos de calmantes, Elaine Rocha, 26 anos, ainda não consegue crer que enterrou a filha Layza, 8 anos. Segundo ela, a menina era a filha preferida do pai e autor do crime, Wanderson. Elaine disse que os outros filhos de 11, 6 e 3 anos perguntaram pelo pai. Ela não sabe por que o marido matou a filha. ?Ela era a preferida dele, a mais apegada. Mas com todos era brincalhão e amável. Os menores dormiam encostados no colo dele. Não estou ainda dentro da realidade. Não sei como vai ser minha vida daqui para sempre?, comentou.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES