Irmã do estudante de medicina Marcos Vitor relata os abusos sexuais

A menina de 3 anos relata, quase brincando, que ele tocava e beijava partes de seu corpo, “aqui (na pepeca) e aqui”.

Menina de 3 anos relata, quase brincando, que ele tocava e beijava partes de seu corpo, "aqui (na pepeca) e aqui". | Reprodução
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Uma menina, com um laço de fita rosa gigante nos cabelos e um coelhinho de pelúcia nas mãos, fala inquieta sobre o que mais gosta na vida. Rodando para um lado e para o outro, numa cadeira giratória, ela conta que adora brincar de esconde-esconde, pega-pega. No fundo da sala, tem uma boneca de pano da Emíila sobre uma mesa. A criança, perguntada, diz que mora com a mãe, o pai e o "maninho"

O "maninho", o estudante de medicina Marcos Vitor Dantas Aguiar Pereira, de 22 anos, tocava nela. Perguntada mais uma vez, ela relata, quase brincando, que ele tocava e beijava partes de seu corpo, "aqui (na pepeca) e aqui", enumera, apontando para o tórax e para os órgãos genitais. A menina diz que o rapaz dava beijos no lugar que ela usa para ir ao banheiro. 

Marcos Vitor continua foragido mesmo após depoimento das crianças - Foto: Arquivo Pessoal

A cena descrita pela tia, P.C., aconteceu na Delegacia de Proteção à Criança de Teresina, no Piauí, onde uma das duas irmãs do rapaz, indiciado por abuso de vulnerável, prestou depoimento. A gravação faz parte de um vídeo que é mantido em sigilo no inquérito que investiga o estudante por abusos a quatro crianças, duas delas suas irmãs de 3 e 9 anos.

Primeira a denunciar, adolescente se automutilava (Foto: Reprodução/Extra)

P.C., que é irmã da madrasta de Marcos Vitor, considera que o relato da vítima mais nova do estudante, a menina de 3 anos, é uma das coisas mais chocantes de toda a história de atrocidades que envolve o caso. Ela acredita que o vídeo é também um "tapa na cara" de quem acha que o ocorrido pode ser invenção da cabeça de crianças. A menina, que parece gostar do "maninho", é questionada sobre quantas vezes ele beijou as partes do seu corpo. A criança, então, abre as mãozinhas e começa a contar, mas faltam dedinhos para explicar o tanto que os abusos se repetiram.

As informações são do Extra. Reportagem de Carla Rocha.



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