Jovem de 18 anos é assassinado por menor dentro de coletivo

O jovem, que era evangélico e iria concluir o Ensino Médio neste ano, voltava do trabalho.

Os garotos envolvidos no crime são levados para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), onde foram autuados em flagrante. | Diário do Nordeste
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A cena trágica se repetiu. Menos de 72 horas depois do latrocínio (roubo seguido de morte) que vitimou dois passageiros dentro de uma topique, no bairro Barroso (CE), outro jovem foi assassinado, na tarde de ontem, durante um assalto ao ônibus que fazia a linha Planalto Ayrton Senna/Parangaba (linha 456).

O coletivo trafegava pela Avenida Bernardo Manuel (antiga Expedicionários), no bairro Itaperi, quando dois adolescentes, de 16 e 17 anos, anunciaram o roubo e, sem nenhum motivo aparente, conforme testemunhas, um deles disparou um tiro no peito esquerdo do técnico em informática, Webster da Silva Saldanha, 18.

O jovem, que era evangélico e iria concluir o Ensino Médio neste ano, voltava da empresa de confecção onde trabalhava. Ele morreu ao receber atendimento médico no Hospital Municipal Gonzaguinha, no Conjunto Prefeito José Walter.

Entretanto, antes de ser levado para o hospital por populares, ele e dezenas de passageiros foram mantidos como reféns por aproximadamente 20 minutos, até que os assaltantes desceram do ônibus, de prefixo 26909, na Rua Paranaí, no Planalto Ayrton Senna, levando os objetos das vítimas.

O tenente PM Júnior Valentim, contou que fazia a supervisão de policiamento do grupo de Rondas de Ação Intensiva e Ostensiva (Raio), quando foi informado pela Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), que populares haviam relatado um assalto com disparo de arma de fogo dentro de um coletivo, na avenida.

As equipes Raio 01,02,08 e Apoio Raio, realizaram diligências e localizaram o ônibus, mas os acusados já haviam fugido. Um cerco foi montado e os militares localizaram o primeiro acusado, o adolescente J., 15, na Rua Joaquim Correia, no Planalto Ayrton Senna, a poucos metros do local onde o coletivo havia sido abandonado.

De acordo com o oficial, o acusado portava uma pistola Beretta calibre 6.35, e carregava a bolsa de uma das vítimas. Ao perceber a aproximação dos PMs, ele tentou fugir e não obedeceu à ordem de parar. "Ele esboçou reação e foi atingido (com um tiro) na perna", disse o tenente Valentim.

Enquanto uma equipe socorria o suspeito para o ´Frotinha" de Messejana, outra checava a denúncia de que mais dois adolescentes que haviam participado diretamente do roubo estavam escondidos em uma casa também na Rua Joaquim Correia. Na residência, os PMs apreenderam W., 16; e F., 17.

Com eles, foram encontrados um revólver calibre 32, possivelmente o mesmo usado para matar Webster, e os outros pertences roubados dos passageiros. W. afirmou à Reportagem, ter atirado porque a vítima havia reagido ao assalto e "partido em sua direção". Contudo, a versão dos demais passageiros e testemunhas do crime, é de que ele disparou sem nenhum motivo.

Sem socorro

"Atirou somente porque o Webster olhou para ele. O tiro aconteceu logo após os assaltantes terem entrado no ônibus. Depois de ferir meu amigo, eles não me deixaram socorrê-lo e ainda ameaçaram atirar em mim", contou um amigo de Webster (identidade preservada).

Os três adolescentes foram indiciados por latrocínio na Delegacia de Criança e do Adolescente (DCA). O trio permanecerá recolhido em uma unidade provisória, até ser ouvido segunda-feira (14) pelo

Protagonista

Vida ceifada - Webster da Silva Saldanha, 18 anos

O jovem Webster sonhava em concluir o Ensino Médio e cursar uma faculdade. Ele trabalhava em uma empresa de confecção, como técnico em informática. Segundo o pai, Francisco Saldanha, 47, o filho era muito amável. "Quando chegava em casa, me abraçava e me beijava".



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